31 agosto, 2008

Ainda o conflito no Cáucaso...















Rússia desafia Ocidente e faz alerta antes de cúpula da UE sobre Geórgia

O governo russo desafiou neste domingo os países ocidentais, ao insistir em sua posição sobre a crise na Geórgia. Os russos afirmaram ainda que também pode impor sanções. O presidente russo, Dimitri Medvedev, lançou essa advertência na véspera de uma cúpula da UE (União Européia), em Bruxelas, para estudar uma resposta para a intervenção russa na Geórgia.
Na cúpula da UE, os líderes europeus têm a intenção de fazer uma reavaliação das relações com Moscou e acordar uma série de medidas, embora a França, país que preside a UE neste semestre, já tenha informado que não serão consideradas sanções contra os russos.
Em entrevista concedida à televisão russa, Medvedev afirmou que "não é partidário das sanções". Por isso, a Rússia as adota apenas "em casos extremos". Além disso, segundo ele, a imposição de tais medidas requer a adoção de leis especiais. Mas "faz falta, também podemos adotar esse tipo de lei", disse Medvedev, embora ele mesmo tenha classificado essa opção de "contraproducente".
Ele disse também deixou que "não há volta" em sua decisão de reconhecer as duas regiões separatistas georgianas da Ossétia do Sul e da Abhkázia como Estados independentes, algo que os países ocidentais condenam abertamente. "Tomei essa decisão e não há volta", afirmou.
A Rússia pretende assinar acordos com os dois territórios, na próxima semana, que permitirão a Moscou estabelecer bases militares em ambos, assim como detalhar áreas para uma possível cooperação.
Medvedev voltou a atacar Washington, ao afirmar que seu país "não pode aceitar um sistema mundial, onde todas as decisões são tomadas por um único país, inclusive se for tão importante como os Estados Unidos". "Um mundo assim é instável e comporta ameaças de conflitos".
Neste domingo, as tropas russas continuavam mantendo posições no oeste da Geórgia. Moscou afirma que se trata de uma missão de manutenção de paz, enquanto o governo georgiano denuncia que é uma força de ocupação.

"Verdade"

Sobre a presença e a intervenção russa na Geórgia, o primeiro-ministro Vladimir Putin voltou a se pronunciar neste domingo, afirmando que seu país agiu "plenamente" de acordo com o Direito Internacional. "A verdade está do lado russo", afirmou Putin, em entrevista à rede de TV russa Vesti-24.
Depois, o primeiro-ministro declarou que a Rússia não tem intenção de limitar suas exportações de petróleo e gás para a Europa, mas irá "diversificá-las".
A ministra georgiana das Relações Exteriores, Eka Keshelashvili, disse hoje, em Istambul, que "a hostilidade militar" da Rússia "pode causar um efeito dominó" em outros países da região, como a Ucrânia, e descartou um diálogo em curto prazo entre Tbilisi e Moscou.
Em artigo publicado neste domingo pelo jornal "The Observer", o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, destacou que os líderes europeus "devem rever sua relação com a Rússia". Também pediu que adotem medidas para reduzir a dependência européia do gás e do petróleo russos.
Na tentativa de promover sua causa, Medvedev falou por telefone com o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, amigo próximo de Putin.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u439895.shtml

Furacão Gustav

Ele nem chegou ainda aos EUA mas já está causando rebuliço na vida não só da população da sua costa sul, nos Estados de Louisiana, Texas e Mississippi, áreas que provavelmente vai atingir, mas também na vida econômica e política do país.

O Gustav, que vem sendo monitorado há dias por cientistas, já provocou a evacuação de New Orleans [cidade arrasada pelo Katrina há 3 anos atrás] , já anuncia
danos devastadores à economia e fez Republicanos suspenderem grande parte do 1º dia da convenção do partido.

Quanto à convenção do partido de McCain, Bush não vai comparacer por causa do furacão Gustav.
Mas a esposa dele vai...

Antes com previsão para atingir a categoria 3 na escala Saffir-Simpson, que vai de 1 a 5, O Gustav já chegou à categoria 4 ainda em Cuba e agora ameaça chegar a categoria 5 [a mesma que o Katrina], quando chegar à costa norte-americana, o que o tornaria catastrófico.

30 agosto, 2008

Conflito no Cáucaso: Relações cortadas entre Geórgia e Rússia

Geórgia rompe relações diplomáticas com a Rússia

Sex, 29 Ago, 06h06

TBILISI (AFP) - A Geórgia decidiu "romper relações diplomáticas" com a Rússia, anunciou nesta sexta-feira o vice-ministro georgiano das Relações Exteriores, Grigol Vashadze. A decisão acontece três dias depois de Moscou ter reconhecido formalmente a independência das províncias separatistas da Ossétia do Sul e da Abkházia.

"Não manteremos mais relações diplomáticas com Moscou e, segundo a Convenção de Viena, os diplomatas russos devem deixar a Geórgia", declarou o vice-ministro.

"Seria bastante incômodo manter relações com um país num momento em que esse país "vai ampliar relações diplomáticas com a Ossétia do Sul e a Abkházia", disse por sua vez a ministra das Relações Exteriores da Geórgia, Eka Tkeshelashvili, durante visita a Noruega.

"Lamentamos esse paso dado pelo lado georgiano. Não ajudará as relações bilaterais. "O possível rompimento não é uma decisão de Moscou, e Tbilisi terá de arcar com toda a responsabilidade" disse Andrei Nesterenko, porta-voz do ministério russo das Relaçõnes Exteriores, segundo a agência de notícias russa Interfax.

A Geórgia já havia anunciado anteriormente que iria reduzir o número de funcionários na Embaixada de Moscou e que seu embaixador, que foi retirado da Rússia no mês passado, não iria retornar ao posto.

A Interfax havia divulgado informação de que Moscou deverá assinar na próxima semana um acordo para estabelecer bases militares na Ossétia do Sul.

Ainda segundo a Interfax, o ministro do Exterior da Abkházia, Sergei Shamba, teria dito que a província "poderá se tornar parte de um estado unificado da Rússia e da Belarus".

O gesto de Tbilisi se produz a três dias da reunião de presidentes e chefes de governo da União Européia em Bruxelas para avaliar suas relações com Moscou depois dos últimos acontecimintos.

O ministro de Relações Exteriores francês, Bernard Kouchner, disse que o bloco de 27 países considerava impor sanções a Moscou, mas uma fonte da presidência da UE, representada neste semestre pela França, afirmou que os países ainda estavam em "fase de diálogo" com Moscou, não de "sanções".

Já o primeiro-ministro russo Vladimir Putin pediu à União Européia julgar de maneira "verdadeiramente objetiva" a crise russo-georgiana e a adotar uma "posição razoável" em relação a Moscou durante a cúpula extraordinária prevista para segunda-feira em Bruxelas.

Putin falou sobre o assunto em entrevista ao canal de televisão alemã ARD realizada em Sochi (Rússia).

"O assunto das sanções não nos é indiferente. Esperamos que se imponha a razão", declarou.

Putin afirmou que as tropas russas vão se retirar da "zona tampão" em território georgiano assim que a situação se acalmar.

"Não temos nenhuma intenção de manter nossas tropas a longo prazo nas zonas de segurança em torno da Ossétia do Sul e da Abkházia", disse, acrescentando que Moscou desejava ver nessas regiões observadores da UE, União Européia, e da OSCE, Organização para a Segurança e Cooperação na Europa.

Em outro frente, a chancelaria russa emitiu uma irada reação a críticas do grupo de sete países mais industrializados (G7) pela decisão de Moscou de reconhecer a independência da Abkházia e da Ossétia do Sul, não reconhecendo à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) qualquer "direito moral" de julgá-la.

"Esta postura é tendenciosa e tenta justificar as ações agressivas da Geórgia", acrescenta.

Os chanceleres dos países do G7 afirmaram na quarta-feira, em uma declaração conjunta, que a "decisão da Rússia (de reconhecer Abkházia e Ossétia do Sul) coloca em dúvida seu compromisso com a paz e a segurança no Cáucaso".

"Condenamos o excessivo uso da força militar por parte da Rússia e sua contínua ocupação de partes da Geórgia", destacava a declaração do G7, formado por Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Japão e Canadá.

FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/r__ssia_ge__rgia_conflito

29 agosto, 2008

Tempestade Tropical Gustav ameaça EUA

Eventos comuns na região da América Central e sul dos EUA, os furacões são poderosas tempestades que produzem ventos extremamente rápidos. Formados depois de vários dias de incidência solar sobre o oceano, quando aumentam a temperatura da massa de ar que fica sobre sua superfície líquida e a sua umidade se eleva, formam nuvens que dão origem às tempestades.

Depois do pesadelo da visita do Katrina, há exatos 3 anos [29 de agosto de 2005], os EUA podem receber na semana que vem o Gustav, uma tempestade tropical que pode virar furacão quando passar pelo Golfo do México, região propícia à formação de furacões devido às suas águas quentes.

Os furacões são categorizados numa escala de 1 a 5 de acordo com a força dos ventos que produz, sendo a categoria 1 a de velocidade mais baixa e a 5 a mais alta. O Katrina chegou à categoria 5, o Gustav quando chegar ao Golfo do México poderá chegar à categoria 3.

A preocupação com a tempestade já faz os cientistas chamarem a atenção das populações das regiões da provável trajetória do Gustav para que se preparem para sua passagem. A lembrança do estrago causado pelo Katrina nos EUA ainda está bem forte na cabeça de quem passou ou perdeu alguém durante sua passagem em 2005, principalmente em New Orleans, que teve grandes prejuízos financeiros além da perda [irreparável] de mais de 1.800 vidas.

Furacão Katrina visto do espaço: www.pangeia.adamastor.org


Leia a notícia sobre o Gustav em:
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3143412-EI238,00-Gustav+ameaca+se+transformar+em+poderoso+furacao.html

28 agosto, 2008

Mais derretimento no Ártico

Observações feitas por cientistas recentemente dão conta de que, desde que começou a ser estudado, o derretimento no Ártico chegou no seu segundo menor nível desde então, nível que não possibilitará reversão. Isso porque a medição foi feita mais cedo esse ano, no final do ano o quadro pode estar bem mais feio.

Antes as previsões davam datas distantes para o sumiço do gelo no Ártico, como 2080 , as mais recentes preveêm isso para dentro de 5 anos...daqui a pouco eles descobrem que vai ser pra menos...

Leia a notícia sobre o assunto em:
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3142726-EI238,00-Derretimento+no+Artico+atingiu+nivel+critico+dizem+cientistas.html

Uma nova Guerra Fria?????????

Mais uma alfinetada trocada entre as duas potências máximas do período da Guerra Fria [EUA e Rússia , na época URSS] agita a mídia internacional.

Antes pelos EUA comparando o socialismo russo ao nazismo alemão [assunto comentado em reportagem citada na postagem Alfinetada norte-americana: revivendo a Guerra fria? de 26 de julho de 2008, nesse blog] agora é a vez da Rússia dar o troco: acusa os EUA de provocar o conflito na Geórgia, fazendo esta atacar a região separatista [Ossétia do Sul]. A reação de Moscou à ofensiva se deve ao apoio dado ao pequeno território e a manutenção de forças de paz na região.

O motivo alegado pelo Kremlin seria o benefício a um dos candidatos à Casa Branca nas próximas eleições. Putin explicou que o conflito desviaria a atenção dos eleitores quanto aos conflitos no Iraque e no Afeganistão e das suas preocupações em relação à situação econômica dos Estados Unidos, o que beneficiaria o candidato republicano, John McCain.

Os EUA desmentem, claro, chamando as acusações de Putin de irracionais e dizendo que o seu serviço de informação [fonte da acusação de Putin] estava lhe prestando um péssimo serviço.
Com a tensão criada, a porta voz da Casa Branca comentou a possibilidade de anular o pacto de cooperação nuclear civil com a Rússia. O
pacto destina-se a desenvolver relações comerciais no setor nuclear civil entre os países sem prejudicar a luta contra a proliferação nuclear armamentista.

Agora, pela situação na região do Cáucaso, a Rússia corre o risco de sofrer sanções impostas pela União Européia [UE] já que o país foi bastante criticado por diversos outros pelas decisões em relação ao conflito. Isso, agravado pela falta de apoio de seus
parceiros asiáticos na Organização para Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês) no reconhecimento às independências da Ossétia do Sul e da Abkásia.

E para colocar um pouco mais de pimenta no tempero, em meio às tensões ao redor do assunto, a Rússia anuncia o sucesso de um teste feito com um míssil balístico intercontinental chamado Topol, que seria capaz de furar defesas anti-mísseis.

Um fato percebido por quem quer que esteja acompanhando o noticiário é que as picuinhas entre EUA e Rússia estão reaparecendo e ficando mais freqüentes. Em encontro em Beijing, no período das Olimpíadas, os dois líderes, Bush e Putin, "na paz olímpica" conversaram, e segundo o que disse Putin, Bush afirmou não querer guerra...essa é nova...

As "agulhadas" trocadas entre os países e essa demonstração de poder bélico dada pela Rússia recentemente fazem lembrar muito do período em que o mundo viveu a tensão da Guerra Fria, quando as duas potências disputavam a hegemonia no poder mundial e viviam de trocas de críticas aos seus modelos econômicos, espionagem,
demonstrações armamentistas e intervenção em conflitos internos de outros países, cada um apoiando um lado, provocando na população mundial o medo de não existir mundo no dia seguinte pela possibilidade latente de uma guerra nuclear.

E outro ponto preocupante é que, se já naquela época, havia a possibilidade do planeta ser varrido com uma guerra nuclear, hoje, com a atual tecnologia e as 31 mil armas nucleares existentes, [4,6 mil delas podendo ser detonadas em poucos minutos] ocorrendo uma guerra dessas, não sobra nem o pó, pois todas juntas são 200 mil vezes mais poderosas que a bomba que atingiu Hiroshima em 1945 ,tendo capacidade, se houvesse a possibilidade, de destruir a Terra umas 40 vezes.

Agora é pedir para que os ânimos sejam apaziguados e se evite o crescimento das tensões, para que, da lembrança da Guerra Fria, não passe para a chapa quente, porque senão, quem vai ser frito somos nós.


Ana Patrícia

Baseado em:

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1006068
http://www.estadao.com.br/internacional/not_int232355,0.htm
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u438852.shtml
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3142578-EI294,00.html
http://www.adpf.org.br/modules/news/article.php?storyid=18439

Texto complementar Gabriel Arcanjo 9º ano sobre os Tigres Asiáticos

Modelos para o Brasil: Tigres asiáticos?

por João Fábio Bertonha

Escrever a respeito dos chamados “tigres asiáticos” é bastante complicado, pois o próprio termo é sujeito a interpretações diversas. Alguns economistas, por exemplo, acreditam que Japão, China e até a Índia poderiam ser incluídos nesta rubrica. Para outros, poderíamos falar dos tigres “clássicos”, como Hong Kong, Coréia do Sul, Taiwan e Cingapura e dos neo-tigres, como Tailândia, Malásia, Indonésia e Filipinas. Tal amplitude do termo pode dar margem a confusões, pois, se é verdade que a experiência asiática tem muitos pontos em comum, não é possível associar países em estágios de desenvolvimento diversos numa análise única.

Assim, os comentários neste artigo se centrarão nos tigres “clássicos”, sendo os outros países mencionados apenas quando for conveniente em termos de comparação. Não obstante, mesmo os quatro países englobados neste termo - Hong Kong, Coréia do Sul, Taiwan e Cingapura – também não são iguais entre si. Pelo contrário, em várias questões eles estão em campos opostos, como na questão da democracia, na intervenção estatal na economia, etc. No entanto, eles têm semelhanças suficientes para que sejamos capazes de, ao menos, extrair algumas conclusões gerais da experiência deles.

E é uma experiência que merece realmente ser conhecida e analisada. Entre 1960 e 1995, estes países multiplicaram sua renda per capita por oito, enquanto os da América Latina apenas a duplicaram. Todos os índices sociais cresceram junto com o aumento da produção e das exportações e estes países estão, hoje, no rol dos desenvolvidos ou, no mínimo, chegando perto.

A receita para este crescimento não foi nada excepcional. As lideranças desses países, ameaçadas pelo espectro do comunismo e decididas a modernizar e transformar seus países e sociedades, fizeram uma avaliação realista das suas possibilidades de crescimento. Focar na exportação de minérios ou produtos agrícolas era inviável para nações com escassa área agricultável e quase nenhum produto mineral relevante. A saída era entrar no mercado internacional de manufaturados, mas simplesmente competir livremente neste mercado era inviável, já que não havia, inicialmente, mercado consumidor interno, empresas, base tecnológica, etc. Os trunfos dos tigres asiáticos eram a proteção dos Estados Unidos e o acesso fornecido por eles ao mercado internacional, a mão-de-obra barata, a máquina do Estado e uma ética de trabalho, além da vontade de modernização.

Montou-se, portanto, um modelo voltado para as exportações. Havia a certeza do mercado consumidor externo e procurou-se atrair capitais internacionais que se interessassem em utilizar a mão-de-obra barata local para criar plataformas de exportação de brinquedos, têxteis, etc.

O Estado, neste contexto, interveio em peso para promover as exportações. As nascentes empresas receberam incentivos fiscais, crédito barato, subsídios, proteção cambial e outras benesses. O Estado também procurou investir na infra-estrutura e na formação de capital humano, com maciça inversão de recursos na educação superior e na ciência e tecnologia, mas, acima de tudo, na educação básica e média. Ao mesmo tempo, o Estado manteve disciplina fiscal, inflação baixa e práticas de livre mercado, como preços livres e a concorrência. O próprio foco no mercado internacional, além disso, obrigou as empresas nacionais a ser competitivas.

Com isto, podemos caracterizar a economia dos tigres asiáticos como uma combinação entre o livre mercado e um Estado desenvolvimentista. Nem uma economia liberal, que deixaria tudo nas mãos do mercado, nem uma economia centralizada. Uma economia capitalista, de livre iniciativa, mas com um projeto nacional e um direcionamento por parte do Estado, numa combinação que deu certo. A única possível exceção foi Hong Kong, mais liberal, mas que tinha, contudo, a imensa vantagem de servir de porto franco para toda a China.

Nesse ponto, vale uma comparação com o Brasil. Durante alguns anos, por exemplo, tivemos uma reserva de mercado para a informática. As empresas nacionais que surgiram à época se acomodaram e, mesmo que tivessem tentado sofisticar seus produtos e exportar, esbarrariam em dificuldades de financiamento, escassa mão-de-obra qualificada, etc. O resultado foi uma indústria de computadores tímida, acomodada e que entrou em crise logo que as barreiras alfandegárias caíram.

Já na Coréia ou em Taiwan, por exemplo, as empresas tiveram a proteção das barreiras alfandegárias, mas a clareza de que essa situação não duraria para sempre e que elas logo teriam que competir no mercado mundial. O Estado, além disso, forneceu condições para a competitividade e cobrou intensamente que esta se desse. Diferença significativa, que explica porque estes dois países se tornaram potências na área tecnológica enquanto os brasileiros, durante o período da reserva de mercado, se esforçavam para contrabandear seus micros do Paraguai.

Em 1997/1998, uma severa crise atingiu os tigres asiáticos. Para os liberais, uma prova de que intervencionismo estatal não funciona e que as leis de mercado finalmente trabalhavam para colocar os asiáticos no seu devido lugar. Os liberais tinham razão quando ressaltavam que o sistema financeiro dos tigres asiáticos estava cheio de problemas e defeitos, como pouco rigor em empréstimos, uma relação quase incestuosa com as empresas, etc. Também tinham razão ao indicar que uma economia moderna demanda um sistema bancário menos concentrado, com critérios mais sérios para concessão de empréstimos, etc.

No entanto, a crise nestes anos não indicou o fim do modelo asiático, mas a necessidade de reformá-lo. Afinal, mesmo com tantos defeitos, ele funcionou bem por décadas e, mesmo após 1998, a recuperação desses países foi rápida. Afinal, havia uma base produtiva de última geração abaixo das crises políticas e financeiras. Os governos asiáticos, além disso, não seguiram todo o receituário do FMI e, após um primeiro momento de crise intensa por causa da desvalorização cambial, a situação começou a melhorar.

O enfraquecimento da moeda permitiu uma rápida expansão das exportações e os governos asiáticos reduziram os juros e começaram a gastar dinheiro público para sanear o sistema financeiro e estimular a economia. A própria disciplina fiscal desses países permitiu, aliás, que eles se permitissem um momento de liberalização das finanças públicas num momento crítico. Isso apenas revela como seguir o receituário liberal ao pé da letra nem sempre produz resultado, mas como segui-lo em parte pode ser muito produtivo em alguns casos.

O futuro dos tigres asiáticos, hoje, me parece promissor. Coréia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hong Kong superaram a fase de exportadores de produtos de uso intensivo de mão-de-obra e já estão no mundo da indústria de ponta e de alta tecnologia. Agora, eles podem se dar ao luxo de abrir um pouco seu mercado (o que é louvável, no atual estágio do seu desenvolvimento, para ampliar ainda mais a sua competitividade e melhorar o nível de vida), confiar mais no consumo interno como motor do crescimento (mas sem esquecer as exportações), enquanto suas sociedades, mais sofisticadas, começam a demandar por um sistema político menos corrupto e mais democracia.

Um ciclo, assim, se fecha. De exportadores que só tinham a mão-de-obra barata para economias e sociedades mais sofisticadas, que transferem indústrias menos competitivas e capitais para seus vizinhos pobres. Um processo que começou no Japão, seguiu para os tigres e agora segue para os neo-tigres e a China. No futuro, possivelmente, Vietnã, Birmânia e outros entrarão no processo.

O que podemos aprender da experiência dos tigres asiáticos? Em primeiro lugar, a necessidade de uma sinergia entre um Estado minimamente eficiente (o que não significa esquecer o caráter corrupto e autoritário da maioria desses países nas últimas décadas) e capaz de conduzir um projeto nacional com um setor privado forte e competitivo. Em segundo, como não se constrói um país moderno sem ciência, tecnologia e educação, mas como estas precisam estar inseridas no sistema produtivo, sob risco de desperdício de potencial humano. Por fim, que valores como os dos asiáticos (trabalho, disciplina, visão de futuro) são fundamentais para o desenvolvimento, mas que o desenvolvimento é possível em qualquer lugar. Isso, claro, desde que as elites que tomam as decisões não se contentem com a sua riqueza e poder, mas desde tenham vontade de ver o país como um todo crescer, adotando as políticas adequadas para tanto.


FONTE: http://www.espacoacademico.com.br/084/84bertonha.htm

Texto de apoio 8º ano Gabriel Arcanjo - Diferença entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos


Mais que um simples critério de localização no globo terrestre, atualmente a divisão entre o norte e o sul está baseada em critérios de desenvolvimento econômico e social. Fazem parte do norte os países desenvolvidos, com alto grau de industrialização, uma população em sua maioria urbanizada e uma expectativa de vida elevada.
Os países do sul têm industrialização tardia e dependente ou não são industrializados; sua infra-estrutura é deficiente; a agricultura não usa técnicas modernas e grande parte desses países tem predomínio de população rural. Seus indicadores socioeconômicos são muito baixos e, conseqüentemente, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) também é.


As grandes organizações econômicas internacionais

As duas organizações econômicas mais importantes são a União Européia (UE), formada por mais de 25 países, e o Nafta (North American Free Trading Agreement – Acordo de Livre Comércio da América do Norte), integrado por México, Estados Unidos e Canadá. A UE, que mantém negociações para a incorporação dos países do Leste Europeu, tem acordos comerciais com numerosos países do Mediterrâneo e com o Terceiro Mundo.
Além dessas duas organizações, há diversas outras, com objetivos de segurança, cooperação econômica, defesa de interesses restritos ou integração supranacional.
1. As

A Apec, Associação de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico, deu um grande impulso ao comércio que passa pelo oceano Pacífico.

A CEI, Comunidade dos Estados Independentes, é uma associação supranacional que acolhe a maioria dos países que se tornaram independentes depois do desmembramento da União Soviética.

O Mercosul, o mercado comum formado pelo Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, vem experimentando um enorme crescimento no comércio entre os cinco países.


Centro e periferia

Centro e periferia são conceitos econômicos. Indicam que no mundo existe um centro, formado pelos países desenvolvidos, que mantêm relações comerciais de dominação com a periferia, ou seja, os países subdesenvolvidos. Enquanto no centro se concentram os setores de ponta da economia mundial, desde os principais mercados financeiros até os de pesquisa, a periferia destina-se a suprir os mercados centrais com as matérias-primas de que precisa.

Os países subdesenvolvidos não são iguais

As diferentes 'periferias' apresentam certa especialização na chamada divisão internacional do trabalho. Isso nos permite separar os países subdesenvolvidos em três grupos: países capitalistas periféricos exportadores de matéria-prima (como Bolívia, República Democrática do Congo, Gana); países capitalistas periféricos industrializados (como Brasil, Argentina, México, Índia, África do Sul); e países capitalistas periféricos de industrialização recente (Taiwan, Coréia do Sul, Cingapura).

FONTE: http://klickeducacao.ig.com.br/2006/materia/16/display/0,5912,IGP-16-49-642-,00.html

27 agosto, 2008

Estátua de Bob Marley é erguida na região dos Balcãs

www.esquinadamusica.blogspot.com


Bob Marley pela paz nos Balcãs


(BR Press) – Durante sua carreira, Bob Marley tentou constantemente levar paz ao mundo pela sua música. Depois da sua morte, a mensagem do ícone do reggae ficou restrita a covers e citações. Buscando ir além, uma vila na Sérvia, Banatski Sokolac, busca promover os ideais divulgados pelo músico com uma estátua em sua homenagem.

Revelada durante o evento Rock Village, a peça retrata Marley segurando uma guitarra com o punho levantado e busca promover paz e tolerância na região. Criada pelo artista croata Davor Dukic, é o primeiro monumento na Europa dedicado ao jamaicano.

Mas não é a primeira estátua de um ícone popular nos Bálcãs, que já conta com uma de Rocky, personagem de Sylvester Stallone, na Sérvia, e de Bruce Lee, na Bósnia.

FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/s/27082008/11/entretenimento-bob-marley-pela-paz-nos-balcas.html



26 agosto, 2008

Texto complementar LINCE 9º ano - A questão da Tchetchênia


Apontamentos acerca do massacre em escola russa
Dante Felgueiras - Publicado em 27.09.2004

A república da Tchetchênia, localizada nas montanhas do Cáucaso, tem aproximadamente 900 mil habitantes muçulmanos. Ao longo dos anos ela foi invadida por mongóis, iranianos e russos. O primeiro ataque russo ocorreu no século XVI. Os imperadores russos tinham em mente conquistar todas as terras muçulmanas e impor a religião ortodoxa. A primeira resistência foi liderada por Shaykh Mansur, herói tchetcheno que declarou jihad contra os russos e morreu em uma prisão. A Tchetchênia, desde então, vem sendo dominada e devastada pela Rússia, primeiro sob as mãos dos czares e depois Stálin, na época da URSS. Ao implantamento da glasnost (abertura política) e da perestroika (abertura econômica) nos anos 80 por Mikhail Gorbachev, os tchetchenos viram uma chance de independência. Em agosto de 91, enquanto a URSS ruía, os tchetchenos, sob liderança de Djokar Dudaiev, convocaram um plebiscito e declararam independência. Em 94, Ieltsin, ex - primeiro ministro russo, ordenou a destruição parcial da capital tchetchena de Grosny. 30 mil pessoas, um saldo quase cem vezes maior que os atuais ataques à escola em Beslan, foram brutalmente assassinadas. 400 mil civis se tornaram refugiados.

Agora paremos para refletir. Uma ferida aberta por séculos não se fecha facilmente. Os terroristas não podem ser vistos exclusivamente como monstros, mas também como vítimas de um processo histórico marcado com sangue. Nessa época, tchetchenos movidos pelo fundamentalismo islâmico fizeram alguns atentados em Moscou, que até hoje não reconhece a independência da região. Em setembro de 99, o então primeiro-ministro e ex-espião da KGB, Vladimir Putin ordenou mais ataques à Tchetchênia.

Vamos ao ponto crucial: o seqüestro. Não existe razão em recontar o caso assombroso. Entretanto existe um detalhe importante que não foi tratado com força pela grande mídia. Putin ordenou o cerco ao prédio ocupado pelos seqüestradores justamente quando se preparavam as negociações, resultando nos 376 mortos e 600 feridos. Até aquele momento 26 reféns já tinham saído. Mas por quê? A Tchetchênia não tem muitos recursos naturais. Todavia ela tem o que interessa as grandes potências. Reservas e rotas de exportação de petróleo. Muito petróleo. Quando afirmou a impossibilidade de negociações com terroristas, o presidente russo usou o mesmo discurso que George W. Bush porque perdendo a Tchetchênia perderá uma das maiores reservas de petróleo do mundo.

O problema está posto. São os interesses econômicos da segunda maior potência bélica do planeta contra os anseios por liberdade de um povo massacrado, movido muitas vezes por um monstruoso fundamentalismo religioso.

Todo fundamentalismo, seja político ou religioso, acredita ser detentor de uma verdade única, absoluta. Esta incompreensão das culturas alheias é muitas vezes causadora dos desastres sociais que assolaram a história da humanidade. Não devemos tratar assuntos como este com distanciamento e medo. Medo social gera mais violência. Ao conhecer as outras culturas podemos melhor compreender o mundo em que vivemos e melhor buscar formas de melhorá-lo, moldando-o de forma igualitária. Devemos refletir nessa transformação que acontece atualmente. As grandes potências estão cada vez mais submetendo as outras às suas autoridades e enrijecendo-se. Quem sabe esta não é uma forma de criar a tão abominada destopia Orwelliana, a qual nada respeita, nada preza e tudo vê?

FONTE:
www.duplipensar.net/.../questao-tchetchenia.html

Informações - Recuperação Paralela LINCE

  • Verificação de recuperação:[valor 3,0 pontos]

Conteúdos:

Divisão da Tchecoslováquia;
Conflito na Chechênia;

Material de estudo:

Módulo;
Slide disponiblizado no blog;
Atividade de revisão passada em sala;

  • Trabalho: [ em dupla ou trio, valor 2,0]
Conteúdo

Colômbia :

Localização; [com mapa]
Aspectos físicos; [com imagens]
Aspectos econômicos;
Aspectos políticos;
FARC; [histórico e notícias recentes]

Estrutura:

Capa;
Contracapa;
Introdução;
Desenvolvimento;
Considerações finais;
Referências [bibliografia];
Anexos [se tiver algum]

Slide de aula LINCE

25 agosto, 2008

Até quando esperar?


FONTE:

www.alimentacaoviva.blogspot.com/

"Petróleo é superestimado no conflito do Cáucaso"

Enquanto a guerra entre Geórgia e Rússia parece terminar na região estrategicamente importante do Cáucaso, conflito ainda dá sinais de preocupação através do nervoso mercado energético. Especialistas questionam ligação.

Apesar do fato de a Geórgia não produzir petróleo, o país é peça-chave para as exportações de petróleo e gás natural do Azerbaijão para os mercados ocidentais. Relatórios controversos de planos bélicos russos apontando ataques próximos ao oleoduto Baku-Tbilisi-Ceyhan (BTC), o segundo maior do mundo, puseram particularmente a Europa em alerta.

Inaugurado em 2006, o oleoduto BTC transporta petróleo das margens do Mar Cáspio para o Ocidente através do porto mediterrâneo de Ceyhan, na Turquia. O oleoduto tem capacidade de bombear 1,2 milhão de barris de petróleo por dia.

A Europa é um dos principais compradores do petróleo transportado pelos oleodutos do sul do Cáucaso. Eles foram construídos como forma de tornar o Ocidente menos dependente das exportações da Rússia, que já ameaçou cortar o fornecimento em disputas anteriores com outros antigos Estados soviéticos.

Apesar de haver especulações de que o recente conflito do Cáucaso foi orquestrado pela Rússia com a finalidade de bombardear o BTC, forçando uma maior dependência européia de suas exportações, Natalia Leshchenko, analista russa da empresa de consultoria econômica Global Insight, afirmou que fatores geopolíticos estão por trás do conflito.

Fatores geopolíticos

"A destruição do BTC ofereceria, sem dúvida, um bônus à Rússia por desviar as exportações de petróleo do Afeganistão para rotas russas, mas o ganho não justificaria todas as perdas humanas e de reputação pelo governo russo através de sua operação na Geórgia", comentou a analista.

Além disso, alguns especialistas afirmaram que a importância da região em termos de produção tem sido superestimada e que, se por um lado o aumento do fornecimento de petróleo e gás natural do Cáucaso serviria ao objetivo europeu de diversificar suas importações energéticas, por outro a importância futura da região como um relevante fornecedor energético é duvidosa.

"Muitos dizem que há abundantes jazidas carboníferas intocadas no Mar Cáspio em sua fronteira com o Azerbaijão", afirmou Arriana Checci, pesquisadora de segurança energética do Centro de Estudos Políticos Europeus, com sede em Bruxelas. "Para outros, os recursos da região não seriam suficientes para justificar projetos maiores de exportação como o gasoduto Nabucco, que partirá do Mar Cáspio e atravessará o Cáucaso e a Turquia até chegar à Europa central e à Itália", comentou.

Checchi, no entanto, acresceu que a região do Cáucaso continuaria um importante corredor, conectando países ricos em energia da Ásia Central com a Europa.

Atrasos, mas nenhuma conseqüência séria

Oleoduto BTC abastece Europa

Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Oleoduto BTC abastece Europa

O efeito do conflito pode ainda ter algumas conseqüências negativas para a Europa, afirmou a analista. O aumento da instabilidade poderá provocar um maior atraso do projeto Nabucco, que está sendo apoiado maciçamente pela União Européia como forma de fortalecer a segurança do fornecimento energético do continente.

"A guerra na Geórgia pode confirmar as dúvidas existentes quanto a sua confiabilidade como país de trânsito", afirmou a Checchi, acrescendo que "isto pode levar não somente à relutância política perante o projeto Nabucco, mas também à diminuição da confiança dos investidores."

Se a Geórgia – como esperado – continuar um Estado soberano e o status da Ossétia do Sul mudar devido às dolorosas negociações, especialistas acreditam que, em termos de fornecimento de petróleo, a situação na região não sofrerá grandes alterações.

Preço do petróleo determinado por outros fatores

Checchi afirmou que seria difícil estabelecer uma conexão entre o preço do petróleo e o conflito entre a Rússia e a Geórgia. "É muito cedo para prever de que forma a guerra na Geórgia afetará o preço geral do petróleo", afirmou.

A pesquisadora explicou ainda que os preços do petróleo deverão ser afetados somente de forma temporária, deixando-se a responsabilidade pela determinação do novo nível de preços a outras tendências e fatores, tais como o recente decréscimo da demanda energética norte-americana e o aumento da produção de petróleo na Arábia Saudita.

Nick Amies (ca)

Kit: Voto desperdiçado


À venda em qualquer comitê eleitoral.

21 agosto, 2008

Texto - 8º ano Gabriel Arcanjo

Texto de apoio sobre assunto da última aula

Capitalismo - fases
Introdução ao conteúdo sobre Globalização e desigualdades sociais

Origens
Encontramos a origem do sistema capitalista na passagem da Idade Média para a Idade Moderna. Com o renascimento urbano e comercial dos séculos XIII e XIV, surgiu na Europa uma nova classe social : a burguesia. Esta nova classe social buscava o lucro através de atividades comerciais.

Neste contexto, surgem também os banqueiros e cambistas, cujos ganhos estavam relacionados ao dinheiro em circulação, numa economia que estava em pleno desenvolvimento. Historiadores e economistas identificam nesta burguesia, e também nos cambistas e banqueiros, ideais embrionários do sistema capitalista : lucro, acúmulo de riquezas, controle dos sistemas de produção e expansão dos negócios.

Primeira Fase : Capitalismo Comercial ou Pré-Capitalismo

Este período estende-se do século XVI ao XVIII. Inicia-se com as Grandes Navegações e Expansões Marítimas Européias, fase em que a burguesia mercante começa a buscar riquezas em outras terras fora da Europa. Os comerciantes e a nobreza estavam a procura de ouro, prata, especiarias e matérias-primas não encontradas em solo europeu. Estes comerciantes, financiados por reis e nobres, ao chegarem à América, por exemplo, vão começar um ciclo de exploração, cujo objetivo principal era o enriquecimento e o acúmulo de capital. Neste contexto, podemos identificar as seguintes características capitalistas : busca do lucros, uso de mão-de-obra assalariada, moeda substituindo o sistema de trocas, relações bancárias, fortalecimento do poder da burguesia e desigualdades sociais.

Segunda Fase : Capitalismo Industrial

No século XVIII, a Europa passa por uma mudança significativa no que se refere ao sistema de produção. A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, fortalece o sistema capitalista e solidifica suas raízes na Europa e em outras regiões do mundo. A Revolução Industrial modificou o sistema de produção, pois colocou a máquina para fazer o trabalho que antes era realizado pelos artesãos. O dono da fábrica conseguiu, desta forma, aumentar sua margem de lucro, pois a produção acontecia com mais rapidez. Se por um lado esta mudança trouxe benefícios ( queda no preço das mercadorias), por outro a população perdeu muito. O desemprego, baixos salários, péssimas condições de trabalho, poluição do ar e rios e acidentes nas máquinas foram problemas enfrentados pelos trabalhadores deste período.
O lucro ficava com o empresário que pagava um salário baixo pela mão-de-obra dos operários. As indústrias, utilizando máquinas à vapor, espalharam-se rapidamente pelos quatro cantos da Europa. O capitalismo ganhava um novo formato.
Muitos países europeus, no século XIX, começaram a incluir a Ásia e a África dentro deste sistema. Estes dois continentes foram explorados pelos europeus, dentro de um contexto conhecido como neocolonialismo. As populações destes continentes, foram dominadas a força e tiveram suas matérias-primas e riquezas exploradas pelos europeus. Eram também forçados a trabalharem em jazidas de minérios e a consumirem os produtos industrializados das fábricas européias.

Terceira Fase : Capitalismo Monopolista-Financeiro

Iniciada no século XX, esta fase vai ter no sistema bancário, nas grandes corporações financeiras e no mercado globalizado as molas mestras de desenvolvimento. Podemos dizer que este período está em pleno funcionamento até os dias de hoje.

Grande parte dos lucros e do capital em circulação no mundo passa pelo sistema financeiro. A globalização permitiu as grandes corporações produzirem seus produtos em diversas partes do mundo, buscando a redução de custos. Estas empresas, dentro de uma economia de mercado, vendem estes produtos para vários países, mantendo um comércio ativo de grandes proporções. Os sistemas informatizados possibilitam a circulação e transferência de valores em tempo quase real. Apesar das indústrias e do comercio continuarem a lucrar muito dentro deste sistema, podemos dizer que os sistemas bancário e financeiro são aqueles que mais lucram e acumulam capitais dentro deste contexto econômico atual.

Fonte: http://www.suapesquisa.com/capitalismo/

18 agosto, 2008

Conteúdos Avaliação LINCE 19/08

Para os bonitos do LINCE...Já passei isso há 2 semanas na sala, mas como sei que sempre tem os "brasileiros" que deixam tudo pra última hora...lá vão os conteúdos da avaliação de amanhã:

China, Coréias: aspectos sócio-econômicos e políticos [não tem nada de aspectos físicos];
China: população, direitos humanos;
Migrações;
Estudem pelo módulo [os exercícios que vcs deveriam ter feito na semana passada NA SALA] e pelo último exercício que passei no quadro [que vcs NÃO terminaram pq estavam conversando].
Sucesso amanhã[a avaliação tá light].

14 agosto, 2008

Ainda a China e o Tibete...

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Em visita à França, o Dalai Lama, líder religioso tibetano, que não conseguiu se encontrar com o presidente francês, pede democratização chinesa e se diz disposto a conversar com Pequim.
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Dalai Lama pede condução da China à democracia

O Dalai Lama afirmou nesta quarta-feira que a comunidade internacional tem "a responsabilidade de conduzir a China pelo caminho da democracia", sem isolar o país.

Em entrevista coletiva realizada no terceiro dia de sua visita à França, o líder espiritual tibetano acrescentou que a China quer "se incorporar à comunidade mundial".

O Prêmio Nobel da Paz reivindicou "firmeza" com a China na defesa de "certos princípios, como a democracia, a liberdade religiosa, os direitos humanos, a liberdade de imprensa e o estado de direito".

O governo chinês, acrescentou, "nega os problemas do Tibete e não ouve os pedidos do povo tibetano", mas, apesar disso, o Dalai Lama se declarou disposto a continuar as conversas com Pequim.

Segundo ele, "uma sociedade fechada não tem futuro", razão pela qual pediu aos responsáveis chineses "mais transparência".

Íntegra da notícia em:
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3086286-EI10495,00-Dalai+Lama+pede+conducao+da+China+a+democracia.html

China X Tibete

Sobre o conflito entre o governo chinês e o Tibete.


A história do Tibet é marcada por guerras e conquistas. Os conflitos entre a China e o Tibet tiveram início durante a dinastia chinesa Tang (618-906 d.C.). No século 13, o Tibet foi conquistado pelo império mongol. Em 1720, foram os chineses, durante a dinastia Ching, que conquistaram o Tibet. Desde então, a China reivindica soberania sobre o território tibetano, o que passou a ser um dos principais conflitos políticos e territoriais que o país enfrenta há 50 anos.

O país ocupou militarmente este reino do Himalaia em 1950, um ano depois da instauração da República Popular por Mao Tse-tung. A região é uma teocracia budista de 1,2 milhões de km² e cerca de 2,7 milhões de habitantes.

Em maio de 1951, os governos de Lhasa --capital do Tibete-- e Pequim chegaram a um acordo que selou a "volta à pátria" do Tibete com a assinatura do 14° dalai-lama, o líder espiritual dos tibetanos.

Após alguns anos de frágil convivência e incidentes esporádicos, em março de 1959 aconteceu uma revolta contra "a ocupação" e a "socialização forçada" que foi reprimida com um saldo de milhares de mortos.

Na ocasião, o dalai-lama, que disse ter assinado o acordo de 1951 sob pressão, abandonou o país e fundou um governo no exílio no norte da Índia, em Dharamsala, que defende a não violência sem renunciar à recuperação dos direitos políticos e culturais de seus compatriotas.

Em 1965, este território recebeu uma autonomia parcial, pouco antes do início da Revolução Cultural (1966-1976), que culminou na destruição de milhares de monastérios e textos sagrados, além da detenção de religiosos.

Entre 1979 e 1987, houve tentativas de diálogos. Pequim se mostrou disposta a perdoar "a traição" do dalai-lama e aceitar seu retorno, desde que este renunciasse a suas funções e que residisse na capital chinesa, e não em Lhasa. O dignatário tibetano recusou a oferta.

Em junho de 1988, no ato que é considerado a grande concessão, o dalai-lama renuncia à independência do Tibete e pede um poder realmente autônomo.

O presidente chinês Jiang Zemin, em 1997, propôs instaurar um diálogo com o dalai-lama se este admitisse oficialmente que o Tibete é "uma parte inseparável da China". O líder tibetano se negou a fazê-lo e acusou o governo chinês de "genocídio cultural".

FONTES:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u382100.shtml
http://www.10emtudo.com.br/imprimir_artigo.asp?CodigoArtigo=65

Estudo aponta aumento de zonas mortas nos mares




As zonas mortas nos oceanos do mundo, onde a ausência de oxigênio impede o desenvolvimento de vida marinha, aumentaram mais de um terço entre 1995 e 2007, afirma um estudo divulgado nesta quinta-feira pela revista Science.

Os principais fatores dessa catástrofe oceânica são a contaminação por fertilizantes e a queima de combustíveis fósseis, segundo cientistas do instituto de Ciências Marinhas da Universidade William and Mary, na Virgínia, e da Universidade de Gotemburgo, na Suécia.

O aumento das zonas mortas no mar transformou-se no principal agente de pressão sobre os ecossistemas marítimos, no mesmo nível da pesca excessiva, perda de habitat e outros problemas ambientais.

Segundo os cientistas, seu aumento se deve também a certos nutrientes, especialmente o nitrogênio e o fósforo, que ao entrarem em excesso nas águas litorâneas causam a morte de algas.

Ao morrer, essas plantas microscópicas se afundam e se transformam em alimento de bactérias que, durante a decomposição, consomem o oxigênio a sua volta. Na linguagem científica, esse processo da diminuição progressiva de oxigênio se chama 'hipoxia'.

Segundo Robert Diaz, professor do Instituto de Ciências Marinhas, e Rutger Rosenberg, cientista da Universidade de Gotemburgo, atualmente existem 405 zonas mortas em águas próximas às costas em todo o mundo, o que representa uma superfície de mais de 26.500 km².

Íntegra da notícia em:
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3092850-EI299,00.html

12 agosto, 2008

Só agora que descobriram...




Maioria dos eleitores não acredita em eleições limpas no Brasil, diz Vox Populi
EDUARDO CUCOLO
da Folha Online, em Brasília

A maioria dos eleitores considera que os políticos não cumprem as promessas que fazem, usam a política em benefício próprio e também afirmam que as eleições no Brasil não são feitas de maneira limpa. Esse é o resultado de uma pesquisa feita pelo instituto Vox Populi a pedido da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros).

Mais em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u432588.shtml


Novidade...

Ainda o conflito na Ossétia do Sul...

Depois de alguns dias de confronto na Ossétia do Sul, a Geórgia afirma que irá à corte internacional denunciar a Rússia por limpeza étnica e anuncia a sua saída da Comunidade dos Estados Independentes, a CEI.



Geórgia afirma que irá denunciar a Rússia por limpeza étnica em corte internacional

O governo da Geórgia apresentou uma denúncia contra a Rússia perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ) por atos de limpeza étnica realizados em território georgiano entre 1993 e 2008, informou o Executivo de Tbilisi em comunicado distribuído em Bruxelas nesta terça-feira.

A crise entre os dois países começou na quinta-feira (07/08), quando a Geórgia, aliado próximo de Washington, enviou tropas para retomar a Ossétia do Sul, que declarou sua independência da Geórgia em 1992. Moscou, que apóia a secessão do pequeno território e mantêm forças de paz na região, respondeu enviando tropas ao país vizinho.

A Rússia diz que 1.600 civis da Ossétia do Sul morreram, enquanto a Geórgia afirmou que quase 200 foram mortos e centenas estão feridos. Nenhum dos números foi verificado por fontes independentes. A ONU afirmou nesta terça que quase cem mil pessoas tiveram de sair de suas casas.

Segundo a Geórgia, desde o início da década de 1990 e até a recente invasão do país, a Rússia tem apoiado a limpeza étnica de cidadãos georgianos por parte das forças separatistas nas regiões da Abkházia e Ossétia do Sul, mediante o fornecimento de armas, o recrutamento de mercenários e a intervenção direta de tropas.

O Executivo georgiano afirma que desde o cessar-fogo em ambas as zonas, as forças russas encarregadas de manter a paz negaram o direito de retorno a 300 mil pessoas que tinham sido deslocadas.

O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, repetiu hoje as acusações de seu país de que a operação militar da Geórgia nas áreas separatistas são um "genocídio".

Na queixa perante a CIJ --principal órgão judicial da ONU, com sede em Haia--, a Geórgia pede aos juízes que declarem que Moscou atuou contra a legislação internacional e que deve se abster de seguir apoiando as forças separatistas, incluindo a retirada de todas as suas tropas da Geórgia.

Tbilisi também pede uma indenização.

Em paralelo, o promotor-chefe da Corte Internacional Criminal (CIC), Luis Moreno-Ocampo, afirmou ter sido contactado sobre o confronto na Ossétia do Sul e pode iniciar uma investigação preliminar.

A CIJ atua em casos de país contra país, enquanto o CIC foi criado para julgar indivíduos por crimes sérios como genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra. Ambas as cortes têm sede em Haia, na Holanda...

Mais em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u432603.shtml

Geórgia anuncia que deixará a Comunidade dos Estados Independentes

O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, anunciou nesta terça-feira que seu país está saindo da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) --aliança das ex-repúblicas soviéticas, dominada pela Rússia.

O chefe do Estado fez o anúncio durante uma manifestação na capital georgiana, na qual pediu a outros países, entre eles a Ucrânia, que sigam o exemplo de Tbilisi. A CEI reúne a Rússia e outras 11 repúblicas da extinta União Soviética, incluindo a Geórgia, desde 1994...

Mais em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u432467.shtml

MADE IN CHINA - Farsa na abertura das Olimpíadas

China mostra, na abertura das Olimpíadas, o porquê da sua fama de especialista em produtos falsificados. Além das "pegadas" com fogos de artifício produzidas em computador [...], uma cantora falsificada.

Menina da cerimônia de abertura de Pequim-2008 não era a verdadeira cantora

PEQUIM (AFP) - A menina chinesa que supostamente cantou "Ode à Pátria" durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim fez 'playback' porque a verdadeira cantora não era bonita o suficiente para representar a China, admitiu o diretor musical do espetáculo.

"Queríamos passar uma imagem perfeita e pensamos no que seria melhor para a nação", declarou Chen Qigang em entrevista à televisão chinesa, que também chegou a ser divulgada no portal Sina.com, antes de sumir do site.

Nesta terça-feira, a imprensa chinesa publica várias fotos de Lin Miaoke, de nove anos, que é tratada como uma "estrela em ascensão". Porém, não dizem nada sobre Yang Peiyi, uma menina gordinha de sete anos com os dentes fora do lugar, mas com grande voz.

"Era uma questão de interesse nacional. A criança que apareceria diante das câmeras tinha que ser expressiva", justificou Chen, célebre compositor chinês.

"Lin Miaoke é excelente para tudo isto. Porém, no que diz respeito à voz, Yang Peiyi é perfeita. Toda a equipe concordou", acrescentou o diretor musical.

A menina se apresentou na sexta-feira durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos diante de 91.000 pessoas no estádio 'Ninho do Pássaro' e de bilhões de telespectadores de todo o mundo.

FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/080812/entretenimento/jo2008_chn_cerim__nia

Vejam o que é o jogo político!!!!

11 agosto, 2008

Dia do estudante - temos o que comemorar? II

Dia do estudante - origem

Origem da comemoração

No dia 11 de agosto de 1827, D. Pedro I instituiu no Brasil os dois primeiros cursos de ciências jurídicas e sociais do país: um em São Paulo e o outro em Olinda, este último mais tarde transferido para Recife. Até então, todos os interessados em entender melhor o universo das leis tinham de ir a Coimbra, em Portugal, que abrigava a faculdade mais próxima.
Na capital paulista, o curso acabou sendo acolhido pelo Convento São Francisco, um edifício de taipa construído por volta do século XVII. As primeiras turmas formadas continham apenas 40 alunos. De lá para cá, nove Presidentes da República e outros inúmeros escritores, poetas e artistas já passaram pela escola do Largo São Francisco, incorporada à USP em 1934.
Cem anos após sua criação dos cursos de direito, Celso Gand Ley propôs que a data fosse escolhida para homenagear todos os estudantes. Foi assim que nasceu o Dia do Estudante, em 1927.

Falando em curso de Direito...




FONTES:
http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/diaestudante.html

Dia do estudante - temos o que comemorar?

As estatísticas sobre educação no Brasil nos últimos anos apontam diminuição do analfabetismo no país, aumento de freqüência às escolas de crianças entre 7 e 14 anos, diminuição da repetência, um maior número de universitários, elevação do nível de escolaridade. Investimentos feitos pelos governos municipais, estaduais e federal tem participação nessa mudança, com programas como o bolsa escola, programas de Educação de Jovens e Adultos (EJAs) e etc. Mas será que essas estatísticas realmente refletem a realidade?

Parando para observar uma escola hoje, podemos facilmente perceber a maquiagem que é feita da educação atual no nosso país. Perceber as nuances do que as pesquisas querem dizer é importante para não nos enganarmos.

"Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever", mas parece que o que se conta na pesquisa trata como alfabetizados alguém que sabe apenas escrever seu nome e não sabe ler, se for assim, tudo bem, o analfabetismo no Brasil realmente caiu vertiginosamente. E não é um exagero afirmar isso, já que por estar em sala de aula, vemos isso facilmente, como exemplo, o caso de vários alunos que tive, no 5º/6º ano do fundamental II [!] que nem sequer o próprio nome sabia escrever corretamente, tinha uma caligrafia que mais parecia uma garatuja [garatuja são desenhos malfeitos, com traços soltos e toscos, rabiscos; são as primeiras manifestações de imagens criadas por crianças pequenas]. Ou ainda, no ensino médio sem saber ler! Como era o caso de vários outros alunos que tive. Mas o pior, porém não menos comum, foi ter colegas na faculdade nesse mesmo nível...Como foi que chegaram até lá?

O tão festejado aumento da "freqüência escolar" também é outro ponto que devemos observar. Quantas vezes quem ensina ou trabalha numa escola pública já ouviu um aluno dizer que foi para a escola por causa da merenda? Ok, isso é mais velho que andar pra frente, em nossa época já acontecia. Mas hoje, além da merenda, temos o bolsa escola, que tira as crianças do trabalho para colocar na escola... Mas será que elas estão indo para a escola estudar? Bom, ainda segundo observações pessoais, podemos perceber o desânimo dos alunos, seja por falta de estímulo em sala de aula por parte do professor, seja por desinteresse pessoal do jovem, os passeios pelos corredores da escola, a matança de aula e as inúmeras artimanhas que inventam para não ficarem na sala de aula são extremamente comuns.

Não há aqui julgamento do porquê do aluno não querer assistir aula, mas sim do fato de que as pesquisas mostram o aumento de freqüência como garantia de aumento na qualidade de ensino, o que por si só não garante isso.

Diminuição da repetência escolar...essa é a maior farsa dessas pesquisas. Antigamente [na minha época], se estávamos na 2ª série do falecido "primário" e não sabíamos ler, não iríamos para a 3ª, nem às custas de reza. Hoje, os pontos extras, os conselhos de classe, o cansaço do professor de ver a cara daquele aluno por anos seguidos na mesma turma... premiam a todos com a aprovação. Em escolas particulares [não posso generalizar, mas sabemos que são muitas] se você não aprovar pelo menos 95% dos seus alunos, corre o risco de perder seu emprego, já que a escola não quer perder seus "clientes". Como exemplo disso, infelizmente tive a oportunidade de presenciar um diretor de escola refazer a mesma avaliação de recuperação na qual um aluno já havia sido reprovado, por não saber ler as perguntas... na 6ª série, para que o pai não o tirasse da escola. E numa outra oportunidade, a diretora de uma outra escola aprovar todos os alunos que haviam perdido na recuperação final para que sua escola ganhasse o título de "Escola com melhor aproveitamento do bairro". Parece mentira, mas é verdade.

Ainda quanto a isso, temos que lembrar que as escolas públicas são pressionadas por orgãos responsáveis pela educação para "diminuir" a repetência. Fica por conta de vocês imaginar o que não deve acontecer nessas escolas para que isso aconteça...

O ingresso na faculdade... esse aí hoje em dia está mais fácil do que tomar doce de criança, evidente, já que hoje faculdades se proliferam pelo território quase tão rápido quanto as igrejas evangélicas. E o interessante é que tem mais pobre nas particulares do que nas públicas, já que estas últimas são ocupadas pelos filhos da elite, que são treinados desde o maternal para entrar numa universidade.

Podemos citar um ponto positivo: deu oportunidades para um maior número de pessoas alcançarem o nível superior, mas será que esse nível é realmente "superior"? Basta lembrar dos vários "vestibulandos" que nem sequer sabem ler e passam nas provas... durante, com os inúmeros truques para realizarem os trabalhos que são solicitados pelos professores...até a compra da "monografia"... e quando saem, com um canudo na mão e nada na cabeça. Não é à toa que as notas dadas pelo Ministério da Educação e Cultura [MEC]para muitos cursos sejam tão baixas. Mais uma vez pela observação pessoal: tem gente que fez o curso de direito sem sequer ler um livro de códigos penais. E depois, para dar o golpe de misericórdia, fazem a prova da Ordem dos Advogados do Brasil [OAB] e perdem...sem estar disputando com ninguém.

Além de tudo isso, ainda temos o ensino adestrador para vestibulares e concursos, adestrados para não entenderem o que ocorre ao seu redor, para serem facilmente manipuláveis. Estamos criando robôs. O objetivo principal da educação deveria ser o de formar cidadãos responsáveis, seres que pensam e agem para o bem maior, mas infelizmente hoje criamos mais consumidores e mão-de-obra do que homens e mulheres.

Esses pontos são apenas os mais facilmente perceptíveis num universo de absurdos da nossa atual situação educacional. Para onde estamos indo dessa forma? Será que isso é o futuro do Brasil?

A reflexão foi apenas para que esse dia não seja apenas mais um dia de folga no calendário letivo das escolas.
Ana Patrícia



09 agosto, 2008

Grandes empresas, muitas reclamações

Depois da liberada geral do FHC abrindo as porteiras para privatização das empresas estatais no Brasil, assistimos a uma internacionalização dos nossos serviços essenciais: abastecimento de energia, telefonia fixa, etc. e o surgimento de outros serviços na época não comuns, como a internet [que hoje é bastante acessada por brasileiros, se não em casa, nas lan houses que se proliferam mais rápido que mosquito da dengue] e a telefonia móvel. No caso desse último serviço, a concorrência estimulada pela quantidade razoável de operadoras, faz com que a oferta de promoções, brindes, planos de ligação flexíveis, melhores preços de aparelhos e planos, dentre outros, venha como uma enxurrada sobre os consumidores. Hoje gato, cachorro, as pulgas do cachorro, dentre outros seres vivos, tem celular.

Mas tanta empresa trabalhando em cima disso não é suficiente para trazer um serviço de total qualidade aos consumidores. Isso é facilmente percebido quando se visita "sites de reclamação dos consumidores", onde as empresas mais citadas são justamente as de telefonia celular. É crédito que não entrou, plano que não funciona, promoção que não cumpre o que promete e mais um rio de choro.

Me veio hoje a idéia de falar nisso porque agora há pouco entrando no site da OI, na tentativa de enviar um "torpedo web" para um amigo, perdi um precioso tempo procurando esse bendito serviço, tempo que poderia estar gastando em outras atividades. Aproveitando que já estava por ali, resolvi enviar um email numa seção do site [encontrada acidentalmente] que dizia: "entre em contato com a OI", para dúvidas, sugestões e/ou críticas. Claro que cliquei na opção sugestões e críticas. O texto que redigi dizia:

A mensagem é para criticar e sugerir. [na verdade, 99,99% para criticar]
O site de vocês é horrível pra encontrar informações, perde-se muito tempo, abre janelas demais pra se ter uma informação que poderia estar num lugar só; tem menu demais e conteúdo de menos.

O email também é horrível para trabalhar, janela de emails muito pequena, dificuldades pra acessar mensagens. Desisti de usar para coisas mais sérias, porque, dentre outras coisas, [pelo menos até a última vez que perdi meu tempo pra ler informações sobre ele] dizia que não armazena emails por mais de 45 dias; pra quê quero um email com um espaço que a OI diz que é grande [existem emails com espaço ilimitado] se não posso guardar minhas mensagens nele?

Como provedor de internet, também não tem nada de útil, já que só serve pra dizer que estamos conectados na rede e não possui conteúdo exclusivo para assinantes. Cancelei o provedor por, além disso, ter sido lesada com informações incorretas pela atendente que me vendeu o serviço.

Sobre a telefonia móvel, a queixa é pelos meus amigos que não consigo me comunicar por conta das constantes oscilações no serviço de rede de celular, pois percebe-se que a empresa está investindo em promoções pra atrair clientes, mas não consegue dar suporte ao que oferece. Nunca tive um celular OI, graças a Deus...

O atendimento do call center [telefonia fixa]...putz, isso nem se fala, uma eternidade pra ser atendido e ainda temos que ouvir grosserias dos atendentes... esse povo precisa ser melhor treinado.

A mensagem é meio ríspida, mas a idéia não é só a crítica, pois se estão na posição que estão é porque devem ter algum mérito. Mas seria interessante observar esses pontos para que melhorem os serviços de vocês.

Depois de espremer os poucos neurônios que habitam a minha massa encefálica para parir esse texto, sabem o que aconteceu?
O envio da mensagem falhou!

Ana Patrícia



Conflito na Ossétia do Sul - Geórgia

Mais um conflito separatista se destaca na mídia. Na região do Cáucaso, a Ossétia do Sul, inspirada pela independência kosovar, pede independência da Geórgia. Nos últimos dias se intensificaram os confrontos militares entre a Geórgia e a Rússia [que alega defender os cidadãos russos que moram na região] pelo controle da área.



A Ossétia do Sul é um território de mais ou menos 4 mil quilômetros quadrados localizado cerca de 100 quilômetros ao norte da capital da Geórgia, Tbilisi, na encosta sul das montanhas do Cáucaso.
A Ossétia, em março de 2008, pediu à Rússia, à ONU e à União Europeia que reconheçam a sua independência, à semelhança do que aconteceu recentemente no Kosovo. O apelo foi validado por um voto, no "Parlamento" da Ossétia do Sul, cuja independência unilateral declarada em 1990 não é reconhecida por nenhum país.
Depois de terem alertado contra o risco de um "efeito dominó" com o Kosovo, as autoridades russas excluiram o reconhecimento da Ossétia do Sul e da Abkhazia, após a declaração de independência kosovar.
O colapso da União Soviética alimentou o nascimento de um movimento separatista na Ossétia do Sul, que sempre se sentiu mais próxima da Rússia que da Geórgia. A região livrou-se do controle georgiano durante uma guerra travada em 1991 e 1992 e na qual milhares de pessoas morreram. A Ossétia do Sul mantém uma relação estreita com a vizinha russa Ossétia do Norte, que fica do lado norte do Cáucaso.
A maior parte de seus quase 70 mil habitantes são etnicamente distintos dos georgianos e falam sua própria língua, parecida com o persa. Essas pessoas afirmam ter sido absorvidas à força pela Geórgia, durante o regime soviético, e agora desejam exercer seu direito à autodeterminação.
O líder separatista é Eduard Kokoity. Em novembro de 2006, vilarejos da Ossétia do Sul que continuam sob o controle da Geórgia, elegeram um líder rival, o ex-separatista Dmitry Sanakoyev. Sanakoyev conta com o apoio do governo georgiano, mas sua influência estende-se por somente uma pequena parte da região.
Cerca de dois terços do Orçamento anual da região, de cerca de 30 milhões de dólares, vêem do governo russo. Quase todos os moradores dali exibem passaportes russos e usam o rublo russo como moeda.
Uma força de paz com 1,5 mil membros da Rússia, da Geórgia e da Ossétia do Norte (500 de cada) monitoram uma trégua firmada na Ossétia do Sul. A Geórgia acusa os membros russos da força de paz de ficarem ao lado dos separatistas, algo que a Rússia nega.
O presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili, propôs um acordo de paz segundo o qual a Ossétia do Sul receberia um "grande grau de autonomia" dentro de um Estado federal. Os líderes separatistas dizem querer independência total.





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