14 agosto, 2008

China X Tibete

Sobre o conflito entre o governo chinês e o Tibete.


A história do Tibet é marcada por guerras e conquistas. Os conflitos entre a China e o Tibet tiveram início durante a dinastia chinesa Tang (618-906 d.C.). No século 13, o Tibet foi conquistado pelo império mongol. Em 1720, foram os chineses, durante a dinastia Ching, que conquistaram o Tibet. Desde então, a China reivindica soberania sobre o território tibetano, o que passou a ser um dos principais conflitos políticos e territoriais que o país enfrenta há 50 anos.

O país ocupou militarmente este reino do Himalaia em 1950, um ano depois da instauração da República Popular por Mao Tse-tung. A região é uma teocracia budista de 1,2 milhões de km² e cerca de 2,7 milhões de habitantes.

Em maio de 1951, os governos de Lhasa --capital do Tibete-- e Pequim chegaram a um acordo que selou a "volta à pátria" do Tibete com a assinatura do 14° dalai-lama, o líder espiritual dos tibetanos.

Após alguns anos de frágil convivência e incidentes esporádicos, em março de 1959 aconteceu uma revolta contra "a ocupação" e a "socialização forçada" que foi reprimida com um saldo de milhares de mortos.

Na ocasião, o dalai-lama, que disse ter assinado o acordo de 1951 sob pressão, abandonou o país e fundou um governo no exílio no norte da Índia, em Dharamsala, que defende a não violência sem renunciar à recuperação dos direitos políticos e culturais de seus compatriotas.

Em 1965, este território recebeu uma autonomia parcial, pouco antes do início da Revolução Cultural (1966-1976), que culminou na destruição de milhares de monastérios e textos sagrados, além da detenção de religiosos.

Entre 1979 e 1987, houve tentativas de diálogos. Pequim se mostrou disposta a perdoar "a traição" do dalai-lama e aceitar seu retorno, desde que este renunciasse a suas funções e que residisse na capital chinesa, e não em Lhasa. O dignatário tibetano recusou a oferta.

Em junho de 1988, no ato que é considerado a grande concessão, o dalai-lama renuncia à independência do Tibete e pede um poder realmente autônomo.

O presidente chinês Jiang Zemin, em 1997, propôs instaurar um diálogo com o dalai-lama se este admitisse oficialmente que o Tibete é "uma parte inseparável da China". O líder tibetano se negou a fazê-lo e acusou o governo chinês de "genocídio cultural".

FONTES:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u382100.shtml
http://www.10emtudo.com.br/imprimir_artigo.asp?CodigoArtigo=65

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