10 junho, 2010

Cratera guatemalteca



No fim de maio, após a passagem da tempestade Ágatha, se abriu na cidade da Guatemala uma enorme cratera que vem sendo estudada por geólogos desde então. O buraco de 20 metros de diâmetro e 60 de profundidade engoliu um prédio e sumiu com uma esquina da cidade. A nova é que ela pode aumentar e engolir mais algumas contruções próximas.

Opinião de geólogos brasileiros:

O professor de geologia e diretor do Centro de Apoio Científico em Desastres da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Renato Lima, explicou que esse tipo de depressão recebe o nome técnico de dolina e ocorre em solos onde há rochas calcárias. “Essas rochas são dissolvidas pela passagem da água ao longo de milhares de anos. Às vezes, uma grande caverna desaba na profundidade e, na superfície, surge uma cratera. Geralmente, são bastante circulares”, disse.

Segundo o professor, o surgimento desse tipo de cratera é lento. “É mais comum que aconteça devagar, mas o solo pode entrar em colapso e desabar de repente”.

Professor do curso de geologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Carlos Humberto afirma que a intervenção do homem acelera o desabamento. “Em todo lugar onde há rochas calcárias é possível acontecer esse tipo de cratera, mas é um processo lento e natural. No entanto, o homem pode acelerar o processo com intervenções no solo e antecipar o desabamento.”

Já o professor do departamento de geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Thomas Ferreira da Costa Campos não acredita que a cratera na Guatemala tenha sido provocada por forças da natureza. Para o geólogo, provavelmente havia uma estrutura feita pelo homem, que pode ter cedido por infiltração de água.

“Eu imagino que era um grande poço construído há centenas de anos. Depois, esse poço foi coberto pelo solo. O teto cedeu pela infiltração de água e pelo peso das estruturas urbanas que estavam sobre ele. Então, tudo que estava em cima caiu”, disse.

O especialista estranha o formato do buraco. “A cratera é totalmente circular e as paredes são verticais. Ela fica no alto, em cima de uma ladeira, então não há água acumulada para fazer a terra ceder. Acredito que o buraco foi causado pelo desabamento de uma estrutura feita pelo homem. Nem uma cratera de um vulcão é tão retinha”, afirmou Campos.

De acordo com Campos, dependendo da estrutura geológica do solo, a água diminui a força de atrito das partículas, dissolve o material e provoca o desabamento. “Mas qualquer deslizamento segue a força da gravidade e as encostas estabelecem um equilíbrio a 45º. É estranho um formato cilíndrico tão vertical, com paredes tão retas”, disse.

Trechos de reportagem do G1. Íntegra aqui.

09 junho, 2010

Pela metade

Estudo: meio mundo pode ficar inóspito com mudança climática

O aquecimento global pode deixar até metade do planeta inabitável nos próximos três séculos, de acordo com um estudo das universidades de New South Wales, na Austrália, e de Purdue, nos Estados Unidos, que leva em conta os piores cenários de modelos climáticos.

O estudo, publicado na última edição da revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences, afirma ainda que, embora seja improvável que isso aconteça ainda neste século, é possível que já no próximo, várias regiões estejam sob calor intolerável para humanos e outros mamíferos.

"Descobrimos que um aquecimento médio de 7ºC causaria algumas regiões a ultrapassar o limite do termômetro úmido (equivalente à sensação do vento sobre a pele molhada, e um aquecimento médio de 12ºC deixaria metade da população mundial em um ambiente inabitável", afirmou Peter Huber, da universidade de Purdue.

Os cientistas argumentam que ao calcular os riscos das emissões de gases atuais, é preciso que se leve em conta os piores cenários (como os previstos no estudo).

"Roleta russa"
Quando o professor Huber fala em um aquecimento médio de 12ºC, isso significaria aumentos de até 35ºC no termômetro úmido nas regiões mais quentes do planeta. Atualmente, segundo o estudo, as temperaturas mais altas nesta medida nunca ultrapassam 30ºC. A partir de 35ºC no termômetro úmido, o corpo humano só suportaria algumas horas antes de entrar em hipertermia (sobre-aquecimento).

Huber compara a escolha a um jogo de roleta russa, em que "às vezes o risco é alto demais, mesmo se existe apenas uma pequena chance de perder". O estudo também ressalta que o calor já é uma das principais causas de morte por fenômenos naturais e que muitos acreditam, erroneamente, que a humanidade pode simplesmente se adaptar a temperaturas mais altas.

"Mas quando se mede em termos de picos de estresse incluindo umidade, isso se torna falso", afirmou o professor Steven Sherwood, da universidade de New South Wales. Calcula-se que um aumento de apenas 4ºC medidos por um termômetro úmido já levaria metade da população mundial a enfrentar um calor equivalente a máximas registradas em poucos locais atualmente.

Os autores também afirmam que um aquecimento de 12ºC é possível através da manutenção da queima de combustíveis fósseis.

"Uma implicação disso é que cálculos recentes do custo das mudanças climáticas sem mitigação (medidas para combatê-las) são baixos demais."

FONTE: http://noticias.terra.com.br/ciencia

08 junho, 2010

Será que foram eles?

Vulcões podem ter causado mudanças climáticas no passado?

Existe alguma evidência de um canal vulcânico ou câmara de magma que entrou em contato com um campo de petróleo ou gás? Haveria uma grande explosão se o petróleo vaporizado entrasse em contato com o ar da superfície da Terra, liberando dióxido de carbono e detritos de carbono? Isso pode ter levado ao um resfriamento global ou era do gelo?

Essa desastrosa cadeia de eventos provavelmente não ocorreu, na opinião de Nicholas Christie-Blick, professor de ciências ambientais e da terra do Lamont-Doherty Earth Observatory, da Universidade Columbia.

"A maioria do petróleo e do gás do mundo é encontrada em bacias sedimentares com pouca ou nenhuma atividade magmática, então casos em que o magma encontra o petróleo preso são certamente pouco comuns", ele disse. "Além disso, até mesmo em reservatórios, o petróleo é disperso nos poros entre as partículas sedimentares, enquanto os canais por onde passa o magma são comparativamente estreitos. Assim, um 'encontro direto' não necessariamente resultaria em uma grande explosão ou em alguma mudança irreconhecível no clima."

O comportamento de vulcões explosivos está mais associado a outros fatores, ele disse, e os efeitos climáticos dessas erupções tendem a durar de meses a anos, e não o período de 40 mil a 100 mil anos dos ciclos glaciais-interglaciais.

Recentemente, outras pessoas postularam que esses eventos relacionados aos vulcões podem ter causado grandes mudanças abruptas muito tempo atrás, disse Paul E. Olsen, geólogo e paleontólogo do observatório. Um dos melhores exemplos, disse Olsen, é discutido em um artigo de 2004 da revista Nature, por Henrik Svensen e colegas, sobre um evento ocorrido há 55 milhões de anos. Esses cenários são altamente controversos, e há ideias alternativas no mínimo igualmente viáveis, ele disse.

FONTE: http://noticias.terra.com.br/ciencia/

07 junho, 2010

Terra e Lua - senhoras de menos idade

Lua e Terra se formaram mais tarde do que se pensava, diz estudo
Sabia-se que colisão que gerou os astros ocorreu há 4,5 bilhões de anos.
Cientistas agora dizem que choque ocorreu 120 milhões de anos depois.


A Terra e a Lua foram criadas a partir de um choque fortíssimo entre dois planetas do tamanho de Marte e Vênus. Até agora se pensava que essa colisão havia ocorrido quando o Sistema Solar tinha cerca de 30 milhões de anos – cerca de 4.537 bilhões de anos atrás. Novos estudos mostram, contudo, que os astros se formaram até 120 milhões de anos depois dessa data.

A pesquisa, realizada pelo Instituto Niels Bohr, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, foi publicada na revista científica "Earth and Planetary Science Letters".

"Nós determinamos a idade da Terra e da Lua usando isótopos de tungstênio, que podem revelar se o núcleo ferroso [dos planetas que se chocaram] e a sua superfície rochosa se misturaram durante a colisão", explica Tais W. Dahl, autor do estudo.

Contrariando pesquisas anteriores, Dahl mostra que a colisão não fez com que a camada de rochas e os núcleos se fundissem completamente durante o choque.

FONTE: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/

05 junho, 2010

5 de junho - Dia do meio ambiente


Em meio a tantas tragédias ambientais, o dia 5 de junho - dia do meio ambiente - ainda tenta lembrar à humanidade a necessidade dessa preservação.

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Tá difícil...do jeito que as coisas vão...

04 junho, 2010

Vazamento de petróleo no Golfo - a saga continua

Vazamento de petróleo no Golfo do México triplicou de tamanho em um mês, diz estudo

O derramamento de petróleo no Golfo do México quase triplicou de tamanho em um mês e tem uma dimensão total de 24.400 km2, similar ao Estado de Maryland (nordeste dos EUA) ou mais que o dobro da ilha da Jamaica, segundo um estudo divulgado na quarta-feira 2 de junho.

Um conjunto de três imagens por satélite do vazamento tiradas durante 12 horas entre a noite de terça-feira e a manhã desta quarta-feira por um centro especializado em análises de satélites da Universidade de Miami (Cstars) indica que a maré negra "tem agora uma superfície de 9.435 milhas quadradas (24.435 km2), quase como o estado de Maryland".

"Uma parte do petróleo está se movendo em direção aos keys da Flórida", indicou o estudo do Cstars, concluído na manhã da quarta-feira.

FONTE: http://noticias.uol.com.br/