27 dezembro, 2008

Vizinhança nada amigável

A Faixa de Gaza é um território situado no Médio Oriente, limitado a norte e a leste por Israel e a sul pelo Egito. O espaço aéreo e o acesso marítimo à Faixa de Gaza são atualmente controlados pelo estado de Israel, que ocupou militarmente o território entre Junho de 1967 e Agosto de 2005. A jurisdição é por sua vez exercida pela Autoridade Nacional Palestina.



Ataque israelense na Faixa de Gaza

No pior ataque em 40 anos, Israel bombardeia Gaza e mata pelo menos 200

Gaza, 27 dez (EFE).- Pelo menos 200 pessoas morreram e 750 ficaram feridas hoje em um ataque aéreo em massa em Gaza, no que foi a operação militar israelense mais violenta contra os palestinos em 40 anos.

"Não há registro de um dia mais mortífero desde a guerra de 1967. Israel não tinha matado, desde então, tanta gente em um só dia", afirmou Moawiya Hasanie, chefe dos serviços médicos de Gaza e coordenador da ajuda às vítimas.

Cerca de 50 aviões e helicópteros da Força Aérea israelense participaram do ataque, que aconteceu pouco antes do meio-dia (hora local), durou apenas dois minutos e destruiu 30 prédios.

Além da Cidade de Gaza, a operação militar israelense incluiu alvos em outras localidades da Faixa, como Khan Yunis e Rafah, e entre os mortos há várias autoridades do Hamas.

No ataque, morreram o responsável da Polícia do Hamas em Gaza, Tawfiq Jaber, o chefe da Segurança do Hamas, Ismail al-Jaabari, e o governador da circunscrição de Al-Wusta, na Gaza Central, Ahmad Abu Aashur.

"Foi como um terremoto, em instantes os edifícios vieram abaixo e os carros arderam em chamas", contou o comerciante Ahmed Ghannam.

A maioria dos imóveis atingidos pertencia ao Hamas ou era sede das forças de segurança do movimento islâmico, muitos deles situados em áreas residenciais.

O ataque causou pânico entre a população das áreas afetadas, e a televisão local mostrou imagens de civis pedindo vingança entre edifícios transformados em escombros, de onde apareciam corpos de policiais com o uniforme preto do Hamas.

Os centros médicos de Gaza ficaram sobrecarregados pela chegada dos mortos e feridos, até o ponto que, no principal hospital da Cidade de Gaza, Shifa, algumas vítimas eram atendidas nos corredores por falta de leitos suficientes.

O bombardeio ocorreu dois dias depois que o Governo israelense decidiu empreender uma operação militar em grande escala em Gaza se os grupos armados palestinos continuassem lançando foguetes contra seu território.

Segundo a imprensa israelense, a execução dessa intervenção militar aconteceria a partir de domingo, para dar tempo às autoridades egípcias de realizar uma última tentativa de mediação entre Israel e Hamas.

A mediação egípcia tinha o objetivo de renovar a trégua que as duas partes assinaram em junho e concluiu no último dia 19 sem que tivesse sido acordada sua continuidade.

Após o ataque, porta-vozes do Hamas anunciaram que o movimento continuaria resistindo "até a ultima gota de sangue".

Pouco depois do alerta, os grupos armados palestinos de Gaza lançaram mais de 20 foguetes artesanais sobre as cidades israelenses que fazem divisa com a Faixa.

Uma mulher da localidade de Netivot morreu ao ser atingida por um dos projéteis, que, segundo os serviços médicos israelenses, deixou outras quatro pessoas feridas.

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, não descartou que os ataques do Exército do Estado judeu em Gaza "prossigam e se ampliem se for necessário" nos próximos dias.

"Há um momento para tréguas e um momento para o combate. Agora é o momento do combate", disse.

Barak ordenou que as povoações israelenses divisórias a Gaza permaneçam em "estado de alerta", e antecipou que os próximos dias "serão difíceis".

Já a ministra de Exteriores israelense, Tzipi Livni, convocou à tarde uma entrevista coletiva em Tel Aviv na qual ressaltou que o país "não tem outro remédio" além de recorrer à força para desmantelar a infra-estrutura do Hamas.

O massacre de Gaza causou revolta na Cisjordânia, onde o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, condenou em Ramala o ataque e pediu o fim da operação militar israelense.

No final da tarde, a condenação tinha se estendido às ruas em cidades cisjordanianas como Belém, cujas autoridades municipais ordenaram a suspensão das festividades populares organizadas por ocasião do Natal.

Já em Jerusalém Oriental (árabe), grupos de jovens palestinos atiraram pedras contra as forças de ordem do Estado judeu.

FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/s/27122008/40/mundo-no-pior-ataque-40-anos.html

26 dezembro, 2008

Agricultura - da Revolução Agrícola à Revolução Verde

AGRICULTURA

A agricultura é uma das atividades básicas da humanidade e provavelmente foi responsável pela primeira grande transformação no espaço geográfico. Surgiu há cerca de 12 mil anos, no período Neolítico, quando as comunidades primitivas passaram de um modo de vida nômade, baseado na caça e na coleta de alimentos, para um modo de vida sedentário, viabilizado pelo cultivo de plantas e pela domesticação de animais.

Inicialmente foi praticada às margens de grandes rios, como o Tigre e o Eufrates (antiga Mesopotâmia, atual Iraque), o Nilo (no Egito), o Yang-tse-Kiang (na China), o Ganges e o Indo (Na Índia). Foi justamente nessas áreas que se desenvolveram as primeiras grandes civilizações.

Com a evolução da agricultura começou a haver excedente de produção, o que possibilitou o desenvolvimento do comércio, inicialmente baseado na troca de produtos. Nos locais onde ocorriam as trocas, surgiram várias cidades.


DA REVOLUÇÃO AGRÍCOLA À REVOLUÇÃO VERDE

Graças à Revolução Industrial, evoluíram as técnicas agrícolas, o que possibilitou aumento da produção sem a necessidade de ampliar a área de cultivo, com base apenas no aumento da produtividade. Esse desenvolvimento tecnológico aplicado à agricultura ficou conhecido como Revolução Agrícola.

Esse aumento da produtividade foi necessário em decorrência do aumento da população em geral, da elevação percentual da população urbana (cujas atividades de subsistência eram limitadas a alguns gêneros apenas) e da diminuição proporcional da população rural, responsável pela produção agrícola. As bases técnicas da Revolução agrícola foram propiciadas pelas indústrias consumidoras de matérias-primas ou fornecedoras de insumos para a agricultura (ex: máquinas e fertilizantes).

A colonização em suas várias fases também contribuiu para a expansão agrícola, como no caso das terras conquistadas pelos europeus nas Américas no século XVI, quanto nas terras africanas e asiáticas, no século XIX, quando implantaram um sistema de produção agrícola para o abastecimento do mercado europeu (com gêneros alimentícios e matérias-primas). Esse sistema ficou conhecido como plantation e era baseado na produção monocultora de gêneros tropicais para fins de exportação, praticada em grandes propriedades (latifúndios), com mão-de-obra barata (ou escrava).

Após a Segunda Guerra Mundial, com o processo de descolonização em marcha, os países desenvolvidos criaram uma estratégia de elevação da produção agrícola mundial: a Revolução Verde. Concebida nos Estados Unidos, objetivava combater a fome e a miséria nos países subdesenvolvidos, por meio de introdução de um “pacote tecnológico”, contendo: novas técnicas de cultivo; equipamentos para mecanização; fertilizantes; defensivos agrícolas e sementes selecionadas.

No entanto, essas sementes selecionadas, produzidas no laboratório dos países desenvolvidos, não eram geneticamente capazes de enfrentar as condições climáticas típicas da região dos trópicos (clima muito quente), algumas doenças e certas espécies de insetos. A solução consistia na utilização de adubos, defensivos e fertilizantes, também importados dos países que haviam subvencionado essas novas formas de cultivo, aumentando a dependência dos países subdesenvolvidos em relação aos países desenvolvidos.

Nos países subdesenvolvidos, a Revolução Verde aumentou a distância entre os grandes agricultores, que tiveram acesso ao “pacote tecnológico”, e os pequenos agricultores, que não tiveram condições de competir com os novos parâmetros de produtividade. O aumento da produção abaixou o preço dos produtos agrícolas a valores inviáveis para os pequenos agricultores.

Essas novas circunstâncias de mercado criadas pela Revolução Verde contribuíram para o abandono e/ou a venda de pequenas propriedades, que foram sendo incorporadas pelos grandes latifúndios. Nesse sentido, apesar de a Revolução Verde ter contribuído para um aumento significativo da produção de alimentos no planeta, acentuaram-se ainda mais os problemas da concentração de propriedade agrícola em vários países do mundo, como Índia, Paquistão, Indonésia e Brasil.

FONTE: LUCCI, Elian Alabi. BRANCO, Anselmo Lázaro. MENDONÇA, Cláudio. Geografia Geral e do Brasil- ensino médio. 1º edição- São Paulo: Saraiva, 2003.

Avaliação de recuperação David Mendes

Olá galera dos 1º A/B/C e D e 2º E/F/ H/ I e J, abaixo vão os conteúdos da avaliaçao de recuperação de GEOGRAFIA:

1º ano:
Crosta terrestre : estrutura interna, placas tectônicas, seus movimentos e efeitos; Clima: fatores e elementos.

2º ano:
Agricultura: Revolução Agrícola e Revolução Verde; agricultura orgânica; transgênicos;
Regionalização: região> conceito; regiões administrativas e econômicas do Brasil: histórico e localização.

AVALIAÇÃO DIA: 30/12/2008

23 dezembro, 2008

Sarkosy: Brasil no Conselho de Sengurança da ONU

Em visita ao Rio de Janeiro, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, defendeu nesta segunda-feira a participação permanente do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, além de uma ação conjunta de Brasil e União Européia em fóruns internacionais.

“Sou sincero quando digo que precisamos do presidente Lula no Conselho de Segurança”, disse Sarkozy, durante o 2º Encontro Empresarial Brasil-União Européia, para uma platéia de empresários dos dois países.

Ainda de acordo com o líder da França, que ocupa a presidência rotativa da União Européia, “todos os países da Europa amam o Brasil, mas a França vai demonstrar como ela ama e respeita esse país”.

Segundo ele, seria importante que Brasil e União Européia chegassem próxima reunião do G20 (dia 2 de abril, em Londres), com uma “proposta em comum”.

“A Europa quer trabalhar de mãos dadas com o Brasil”, disse.

FONTE: http://www.bbc.co.uk/

Ui! que amooorrrrrrr...
Queria ver esse amor todo da Europa pelo Brasil na recepção aos brasileiros em seus aeroportos...

GIGEO LINCE - RESULTADO FINAL

AS CAMPEÃS!
Lorena Souza, Ana Beatriz, Karin Tess, Fernanda Veloso, Taiane Aras, Maiara Rosa e Reijane Campos. [com 2 ausentes]

PARABÉNS MENINAS !!!

Presentinho de Natal

WASHINGTON (Reuters) - O futuro governo Obama e a bancada democrata no Congresso estão próximos de um acordo em torno de um enorme pacote de gastos públicos destinado a estimular a recuperação econômica e criar 3 milhões de empregos em dois anos, disse o vice-presidente eleito Joe Biden na terça-feira.

Questionado sobre a possibilidade de um acordo antes do Natal, Biden disse: "Acho que estamos chegando incrivelmente perto disso".

Ele não quis falar, porém, sobre o custo do pacote ao contribuinte. Nos últimos dias, algumas fontes do governo disseram que em janeiro deve ser apresentado um projeto com um valor total de 675 a 775 bilhões de dólares.


Notícia completa em
http://br.noticias.yahoo.com/

15 dezembro, 2008

Bush e os sapatinhos...

Tempestade de neve na Espanha

MADRI (AFP) - Uma tempestade de neve causou nesta segunda-feira perturbações no tráfego no norte da Espanha, bloqueando uma estrada perto de León (norte), assim como outras 30 rodovias, segundo o departamento geral de trânsito.

A neve, acompanhada de fortes ventos, está impedindo o fluxo de 600 veículos na auto-estrada A66, principalmente no trecho entre a província de León e a região de Asturias (norte).

A companhia de estradas de ferro espanhola, Renfe, acabou suspendendo o trânsito entre as duas regiões mais afetadas pela neve, Asturias e Castilla, além de León.

FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/

The Bush's (T)error

Bush deveria ser julgado por invadir o Iraque, diz Chávez

Caracas, 15 dez (EFE).- O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou hoje que o governante americano, George W. Bush, deveria ser julgado por um tribunal internacional para responder pelas vítimas que seu "erro" causou no Iraque.

"Bush disse agora que foi um erro invadir o Iraque. Ele deveria ser julgado por um tribunal internacional pelos milhares de mortos que seu erro causou, principalmente civis", expressou.

O governante venezuelano também se referiu ao incidente no qual um jornalista atirou seus sapatos em Bush durante sua última visita como presidente ao Iraque.

Chávez comparou o jornalista a um jogador de beisebol, e pediu que a Frente de Comunicadores Sociais da Venezuela, aliada do Governo, inicie um movimento de solidariedade para fazer com que o responsável pelo incidente com Bush tenha seus direitos humanos respeitados.

FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/

Lula é pop

Crise reforça popularidade de Lula, apontam pesquisas
Por Fernando Exman

BRASÍLIA (Reuters) - A crise financeira global não abalou a avaliação positiva do governo e a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apontaram nesta segunda-feira pesquisas encomendadas pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Ao contrário, a turbulência econômica reforçou a popularidade do governo, e a população mostrou que confia em Lula para enfrentar as dificuldades decorrentes da crise. As sondagens mostraram, no entanto, que a população está mais preocupada com os rumos da economia do país.

Segundo as pesquisas, apesar da piora na percepção do brasileiro em relação à renda, à inflação e ao desemprego, a maior parte dos entrevistados apóia as medidas do governo para combater a crise e disse acreditar que o Brasil sairá mais fortalecido dela.

"A crise aparece como um elemento que reforça a avaliação positiva do governo", declarou a jornalistas o diretor de Relações Institucionais da CNI, Marco Antonio Guarita. "Boa parte da população conhece a crise e entende que as medidas do governo contra a crise representam impactos positivos ao próprio governo", acrescentou.

"Existe um voto de crédito ainda", disse Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus, que realizou a sondagem para a CNT, em outra entrevista coletiva. "As expectativas continuam positivas, mas a população está crescentemente apreensiva."

De acordo com a pesquisa encomendada pela CNI ao Ibope, o governo do presidente Lula atingiu recorde histórico de avaliação, com 73 por cento de aprovação. Na pesquisa anterior, em setembro, o governo Lula tinha 69 por cento de aprovação, considerando os que o avaliam como ótimo ou bom.

Já a aprovação do presidente Lula subiu de 80 por cento em setembro para 84 por cento em dezembro.

A pesquisa CNT/Sensus revelou cenário semelhante. A avaliação positiva do governo em dezembro atingiu novo recorde de 71,1 por cento ante 68,8 por cento em setembro. O desempenho pessoal do presidente Lula foi aprovado por 80,3 por cento dos entrevistados este mês frente aos 77,7 por cento na sondagem anterior.

FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/



12 dezembro, 2008

G20 e a crise econômica

Reunião do G20 sobre a crise econômica mundial, há 1 mês atrás...

Quem vai ganhar o abacaxi???

A festa dos animais: a raposa e o burro

Vicente Fox chama Chávez de "burro" e critica política de Obama para o México

Sex, 12 Dez, 06h12

México, 12 dez (EFE).- O ex-presidente mexicano Vicente Fox chamou o presidente venezuelano, Hugo Chávez, de "burro" por se opor ao livre mercado, e opinou que o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, tem que colocar "os pés na realidade" em sua relação comercial e migratória com o México, informou hoje a imprensa local.

Durante uma conferência no Centro Fox, uma organização de estudos sobre a democracia que o ex-governante criou no estado de Guanajuato, centro do México, Fox disse que o pior que se pode fazer é escutar aqueles que estão dizendo que a economia de mercado não serve, "o que está dizendo o burro do Hugo Chávez".

Fox, que foi presidente do país no período 2000-2006 e protagonizou um forte confronto com Chávez, que levou os dois a retirarem seus embaixadores em cada país, qualificou também o Governo venezuelano como "messiânico".

Com o mesmo adjetivo qualificou os Governos de Bolívia, Equador e Nicarágua, todos dirigidos por políticos de esquerda.

Neste sentido disse que após o fim das ditaduras, que assolaram o continente latino-americano na segunda metade do século XX, há agora "sombras de preocupação" por causa das tentativas de alguns líderes da região "de modificar a constituição para reelegerem-se", em clara alusão a Chávez, que impulsiona uma emenda à carta magna de seu país para estabelecer a reeleição ilimitada.

De outro lado, o ex-presidente asseverou que Obama terá "que colocar os pés na realidade (...), porque na campanha não fez assim".

Ele criticou o fato de o presidente eleito americano ter questionado o Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), que une México, EUA e Canadá desde 1994, já que segundo sua opinião "um dos grandes beneficiados é justamente" os Estados Unidos.

Além disso, Fox disse que "também não ficou muito claro a Obama a situação dos migrantes" e "o enorme valor que têm para a economia" americana.

Durante sua gestão, o ex-líder tentou em vão promover um grande acordo migratório com o atual presidente americano, George W. Bush, mas esses planos foram rechaçados pelo Congresso desse país.

FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/

10 dezembro, 2008

Santa Catarina: cidades em risco

Uma em quatro cidades de SC tem risco "muito alto" de desastre, diz estudo

BRENO COSTA
da Agência Folha



Um em cada quatro municípios de Santa Catarina corre risco "muito alto" de ser afetado por desastres naturais. Ao todo, 72 cidades estão nessa condição. Sessenta dessas estão fora da região do Vale do Itajaí, a mais afetada pelas chuvas que já causaram a morte de 124 pessoas no Estado --segundo informações da Defesa Civil, atualizadas na noite desta quarta-feira. A maioria (35) fica na região oeste, mais próxima à fronteira com a Argentina.

As informações constam de um estudo concluído em 2006 por pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). A análise considera desastre natural o caso que provoque ao menos uma destas conseqüências: morte de dez pessoas, afete pelo menos cem pessoas, decretação de situação de emergência ou pedido de socorro internacional.

O "Mapeamento de Risco de Desastres Naturais do Estado de Santa Catarina" usa como uma de suas bases para o cálculo do índice de risco de cada um dos 293 municípios catarinenses o nível de "perigo" associado a cada uma dessas cidades.

Para isso, foram usados estudos da geógrafa Maria Lúcia Herrmann, que coordenou a elaboração do "Atlas de Desastres Naturais do Estado de Santa Catarina", produzido para o governo de SC.

As outras variáveis usadas para se chegar ao índice de risco são a densidade demográfica, a intensidade da pobreza da população e a proporção de população idosa nessas cidades, além do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de cada município.

Produzido há quase três anos, o número de 72 municípios listados na categoria "risco muito alto" pode estar subestimado, alerta a geógrafa da Unicamp Luci Hidalgo Nunes, especialista em desastres naturais e co-autora do estudo, que leva em conta desastres registrados entre 1980 e 2003. Segundo ela, casos de escorregamentos de terra, até 2000, não eram um fator preponderante em tragédias naturais no Estado, se comparado com enchentes e inundações. Os 124 mortos da chuva --a maioria vítima de soterramento-- fizeram a situação mudar, segundo ela.

Eu acho que o número possa estar subestimado. Vale a pena a gente rever um monte de coisa. Esse episódio mostrou que chuvas intensas geram um problema, talvez até mais grave que inundações, que são os escorregamentos. A maior parte das mortes em desastres no Brasil está ligada a isso", diz a pesquisadora.

Um indício de que a quantidade informada está subestimada é o fato de que, dos 16 municípios que registraram mortos em decorrência das chuvas, apenas cinco estavam nessa categoria (Blumenau, Gaspar, Itajaí, Brusque e Florianópolis).

Outros três estavam na categoria de risco "alto", entre eles Ilhota, onde foi registrado o maior número oficial de mortes até agora (37). Jaraguá do Sul, com 13 mortos, era considerada risco "médio". Houve até o caso extremo de Rodeio, que, com quatro mortos, era vista como risco "baixo/nulo".

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/