17 setembro, 2008

O BRASIL E A TENSÃO NA BOLÍVIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que seu país venderá caminhões e ônibus militares à Bolívia e reprimirá a circulação de homens armados na fronteira comum.O objetivo é ajudar o Governo de Evo Morales a combater os protestos que agitam o país há mais de três semanas, destacou ."O Evo Morales pediu para a gente ver se pode vender caminhões para as tropas dele. Nós vamos tratar de ver se a indústria automobilística brasileira pode produzir, e com uma certa rapidez, alguns caminhões para a Bolívia", afirmou Lula em entrevista à "TV Brasil".O presidente brasileiro também disse que seu colega pediu "uma ação conjunta da Polícia Federal na fronteira para evitar trânsito de pessoas, de gente com armas, evitar contrabando, evitar o narcotráfico".Segundo Lula, o ministro da Justiça, Tarso Genro, informou-o de que a Polícia Federal já está atuando para reprimir a circulação indevida de pessoas e mercadorias na fronteira."No fundo, no fundo, o Brasil precisa fazer um esforço muito grande porque nós temos mais de 3 mil quilômetros de fronteira com a Bolívia, e nós queremos que ela esteja em paz porque em paz ela vai crescer; em guerra, não", acrescentou o presidente."Nem pensar em ingerência brasileira na Bolívia, muito menos tropas", ressaltou Lula em outro ponto da entrevista, esclarecendo que a ajuda oferecida não pode ser interpretada como uma intromissão do Brasil.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2008/09/17/ult1808u126655.jhtm

Hoje em Santa Cruz de La Sierra durante uma manifestação anti-Evo e em prol do governador preso de Pando, Leopoldo Fernández, acusado pela matança de 17 campesinos na fronteira com o Acre, foram feitos vários comentários sobre o presidente Evo Morales, muitos deles de cunho racista. Além de Evo outros líderes de países também foram atacados, Lula foi poupado dos comentários, mas não das pichações, várias no centro da cidade o chamam de metiche" (intrometido).

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