08/05/2009 - 03:52 - Caio Blinder, de Nova York
NOVA YORK- Mahmoud Ahmadinejad não apareceu aí em Brasília esta semana, mas não vamos esquecer o tiranete iraniano. Ahmadinejad ficou em casa cultivando sua campanha de reeleição. Vamos rezar, em qualquer religião, para que ele perca em 12 de junho. Ele é "provocador e aventureiro". Não são acusaçõoes do lobby judaico, homossexual, feminista ou simplesmente das pessoas de bem.
As denúncias foram feitas por Mohsen Rezaei, outro conservador linha-dura da revolução xiita que concorre à presidência. Tanto Rezaei como outros dois candidatos, mais reformistas, fazem uma frente ampla para advertir que a reeleição de Ahmadinejad será um desastre para o Irã e que seu discurso incendiário é uma distração de graves problemas econômicos.
Há um consenso entre os candidatos (quem não concorda com as diretrizes básicas não pode concorrer na democracia relativa iraniana) de que o país deve seguir adiante com seu programa nuclear e não reconhecer a existência do Estado de Israel, mas existe uma distância das piores barbaridades retóricas e provocações gratuitas de Ahmadinejad, como negar o Holocausto. Mehdi Karroubi, um candidato mais reformista que fala em ampliar os direitos das mulheres, observa que não faz sentido negar fatos históricos como o extermínio dos judeus na Segunda Guerra Mundial.
Decisões supremas no Irã não cabem ao presidente de plantão e sim ao aiatolá Ali Khamenei, mas o vencedor de 12 de junho poderá determinar como algumas discussões, a destacar um possível diálogo com os EUA, são travadas, seja no sentido de engajar, seja no de emperrar. Mir Hossein Mousavi, o outro candidato reformista, é o mais empenhado em falar da necessidade de melhoria de relações com os países ocidentais e da urgência de uma prática de governo menos ideológica.
Uma munição potente dos adversários de Ahmadinejad é a incompetência econômica do presidente. Todos prometem um governo mais eficiente que neutralize altos índices de inflação e desemprego. Ahmadinejad disse certa vez que "rezava sempre para Deus para não entender de economia". As preces foram atendidas. Mas não podemos negar o apelo populista do negador do Holocausto. Ahmadinejad tem trânsito junto à massa rural iraniana e também à população pobre dos centros urbanos.
Seu jeitão simplório, profunda religiosidade e profundas mentiras sobre a história impulsionaram sua carreira. Agora ele impulsiona sua campanha distribuindo 400 mil toneladas de batata para o povo. Este programa bolsa-batata e as abobrinhas infames que ele vomita podem eventualmente semear a vitória em 12 de junho e uma nova data para visitar o Brasil.
FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/
O presidente iraniano sempre causando sensação...
Ahmadinejad chama Israel de "micróbio destruidor"
05/05/2009 - 15:47 - AFP
O presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad lançou, nesta terça-feira, em Damasco uma nova crítica virulenta a Israel, qualificando o país de "micróbio destruidor", sinônimo de "ocupação" e de "agressão".
Íntegra em: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo
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