08 abril, 2009

Os Terremotos

Um evento natural, como um terremoto, sempre nos faz lembrar da força e grandiosidade da natureza e o quanto somos pequenos diante dessa força. Essa semana, os italianos da região de Abruzzo sentiram essa força da natureza e agora tentam reconstruir suas casas e suas vidas.


O que são os terremotos

Terremoto, vibrações produzidas na crosta terrestre quando as rochas que se haviam tensionado se rompem e saem do lugar de forma súbita. As vibrações variam entre as que mal se percebem e as que se tornam catastróficas.

Também chamado de "abalo sísmico" , o terremoto é causado pela liberação repentina da energia acumulada durante longos intervalos de tempo em que as placas tectônicas sofreram esforços para se movimentar. Quando o atrito entre elas é vencido (subducção ou falha transformante) ou quando partes se rompem (separação de placas), ocorrem os abalos. Estes abalos têm intensidade, duração e freqüência variáveis, podendo resultar em grandes modificações na superfície, não só pela destruição que causam, mas por estarem associados aos movimentos das placas tectônicas.

Também existem terremotos que não são devidos aos movimentos das placas, mas a esforços chamados intra-placas. São menos freqüentes, menos intensos, e relacionados à reativação de falhas (rupturas) muito antigas na crosta.

Os hipocentros (pontos de origem dos terremotos) e epicentros (projeções verticais dos hipocentros na superfície) estão localizados preferencialmente em zonas limitrofes de placas tectônicas, onde elas se chocam e sofrem subducção e enrugamento, formando, respectivamente, fossas oceânicas e cordilheiras continentais, ou onde elas se separam, nas cadeias dorsais meso-oceânicas. Ocorrem terremotos também no limites neutros, onde as placas se movem lateralmente em sentidos opostos (falhas transformantes).

Os vulcões e terremotos representam as formas mais enérgicas e rápidas de manifestação dinâmica do planeta. Ocorrem tanto em áreas oceânicas como continentais, e são válvulas de escape que permitem o extravasamento repentino de energias acumuladas ao longo de anos, milhares ou milhões de anos. Esses eventos são sinais de que, no interior da Terra, longe dos nossos olhos e instrumentos de pesquisa, ocorrem fenômenos dinâmicos que liberam energia e se refletem na superfície, modificando-a.

Classificação

Atualmente, reconhecem-se três tipos de terremotos: tectônicos, vulcânicos e artificiais. Os sismos do primeiro tipo são os mais devastadores e os mais difíceis de se prever. As causas dos terremotos tectônicos são as tensões criadas pelos movimentos em torno das 12 placas que formam a crosta terrestre.

Os terremotos de origem vulcânica podem ser fortes e destrutivos e anunciam as erupções vulcânicas. Por outro lado, os seres humanos podem induzir a ocorrência de terremotos quando realizam determinadas atividades, como detonações subterrâneas de explosivos atômicos ou o bombeamento de líquidos das profundidades da Terra.

Medição

O aparelho utilizado para medir a intensidade dos abalos chama-se sismógrafo. Os sismógrafos são instrumentos utilizados para registrar a hora, a duração e a amplitude de vibrações dentro da Terra e do solo.

Eles são formados por um corpo pesado pendente a uma mola, que é presa a um braço de um suporte preso num leito de rocha. Se a crosta terrestre é abalada por um terremoto, o cilindro se move e o pêndulo, pela inércia, se mantém imóvel e registra em um papel fotográfico as vibrações do solo.



Os terremotos são classificados principalmente pela escala de Richter, fórmula matemática que determina a largura das ondas. A escala de Richter não tem limite máximo. De forma geral, terremotos com magnitudes de 3.5 ou menos são raramente percebidos; de 3.5 a 6.0 são sentidos e causam poucos danos; entre 6.1 e 6.9, podem ser destrutivos e causar danos em um raio de cem quilômetros do epicentro; entre 7.0 e 7.9, causam danos sérios em áreas maiores; e de 8 em diante são destrutivos por um raio de centenas de quilômetros.

Há também a escala Mercalli, menos usada, com valores que vão de zero a 12 pontos. Menos precisa, a escala classifica os terremotos de acordo com o seu efeito sobre construções e estruturas.

Alterações no relevo


Os movimentos convergente e divergente das placas provoca alterações no relevo. A cada choque, a placa que apresenta menor viscosidade (mais aquecida) afunda sob a mais viscosa (menos aquecida). A parte que penetra tem o nome de zona de subducção.

No oeste da América do Sul, por exemplo, o afundamento da placa de Nazca sob a placa continental originou a cordilheira dos Andes.

No Brasil

O Brasil fica em cima de uma grande e única placa tectônica, ao contrário de países como os Estados Unidos e Japão, onde existe o encontro de duas ou mais placas. As falhas entre elas são, normalmente, os locais onde acontecem os terremotos maiores.

No Brasil, as falhas são apenas pequenas rachaduras causadas pelo desgaste na placa tectônica, que levam a pequenos tremores, como os que aconteceram em Brasília (DF), em 2000, em Porto dos Gaúchos (MT), em 1998, e em João Câmara (RN), em 1986 e em 1989.

Em alguns Estados brasileiros são registrados tremores de terra, reflexos, geralmente, de terremotos com epicentro em outros países da América Latina.

Fontes:
http://www.igc.usp.br/geologia/a_terra.php
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u9276.shtml
br.geocities.com/.../geografia/terremotos.htm

2 comentários:

Anônimo disse...

se eu soubesse dessse site antes teria tirado 10 em geografia

Anônimo disse...

gostei muito desse site! bem completo! parabéns!