INDIANAPOLIS (IN) - Nesses últimos dias antes da eleição, a tensão racial pode aumentar consideravelmente em algumas regiões do país. Ontem dois homens foram presos no Kentucky, região sul dos EUA, acusados de pendurar um boneco de Obama em tamanho real em uma árvore no campus da Universidade do Kentucky.
Os homens, sendo que um é estudante da universidade, foram acusados de conduta desordeira e arrombamento e roubo de um centro acadêmico. Eles não foram acusados por racismo ou crime racial. O reitor da universidade, Lee T. Todd Jr., afirmou estar “pessoalmente ofendido pelo episódio nojento”. Ele também se desculpou, em nome da universidade, ao senador Barack Obama.O manequim usado tinha a máscara de Obama vendida para o Halloween e vestia traje social. O boneco foi pendurado por uma corda com um nó de forca no pescoço.
Também nesta semana de Halloween, uma boneca de Sarah Palin foi pendurada em uma casa na Califórnia, mas, segundo a polícia, ninguém foi preso porque a manequim fazia parte da decoração de Halloween da casa.
O que preocupa no caso do “enforcamento” de Obama no Kentucky é que o Estado, que fica no sul dos EUA, tem raízes escravocratas e um longo histórico de racismo. No Kentucky, o grupo de supremacia branca Klu Klux Klan ainda tem ramificações, com dois grupos bem organizados.
Uma das “assinaturas” da KKK era pendurar forcas em árvores e queimar cruzes nos jardins das casas dos negros e das pessoas que empregavam negros nas cidades dominadas pelo grupo. Além disso, em diversos casos a ação da KKK partia do “protesto simbólico” e passava para as vias de fato, com vários negros enforcados pelo sul do país.
Para quem entende inglês, vale a leitura do artigo “Forcas são mais que apenas brincadeiras”, no blog “Brotherpeacemaker“.
FONTE: http://colunistas.ig.com.br
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