Possíveis erupções do vulcão Cumbre Vieja nas Ilhas Canárias-Espanha podem causar mega tsunamis
Terremotos no fundo do mar não são a única razão para o surgimento de um tsunami. Quedas de meteoros e erupções vulcânicas também podem gerar ondas gigantes. Nesses casos, a força do tsunami depende do tamanho do material que é arremessado ao mar. O pesquisador Steven Ward, da Universidade da Califórnia, é autor de um estudo sobre o impacto que uma erupção do vulcão Cumbre Vieja poderia causar nas Américas. O vulcão está localizado na ilha La Palma, no arquipélago das Ilhas Canárias, perto da costa africana. De acordo com Ward, uma próxima erupção pode fazer parte da ilha deslizar e cair no mar. Essa queda produziria uma energia tão grande que, em poucas horas, ondas gigantescas se formariam e destruiriam várias ilhas do Caribe, alguns estados americanos e o Norte e Nordeste brasileiros. "Ninguém sabe ao certo quando o Cumbre Vieja pode entrar em erupção", diz o pesquisador americano. "Ele entrou em colapso há 550 mil anos. Desde então, reconstruiu-se e pode estar voltando novamente ao fim de seu ciclo." Como o Brasil não tem sistema de alarme de tsunami, moradores e turistas seriam pegos de surpresa, repetindo as cenas trágicas que aconteceram no Tsunami da Ásia.
1. Pontapé inicial
Uma erupção do vulcão Cumbre Vieja, na ilha La Palma, jogaria no mar um pedaço de terra com 500 km3. A queda provocaria a formação de ondas gigantes.
2. Comprida para danar
O intervalo entre uma onda e outra seria de apenas 10 minutos. Logo que começassem a se formar, cada uma delas teria 120 quilômetros de comprimento.
3. Primeiro alvo
Em apenas 1 hora, as ondas chegariam a uma velocidade de 720 km/h e atingiriam a costa do Marrocos com elevações de 100 metros.
4. Reta final
Enquanto viajam pelo mar, as ondas perdem velocidade e ficam menores em comprimento. Já a altura cresce à medida que elas se aproximam da costa.
A. Belém - Embaixo d’água
As ondas seriam fatais para cidades baixas, como a capital do Pará. "A parte mais alta de Belém tem só 30 metros de altura. O famoso Mercado Ver-O-Peso, por exemplo, ficaria encoberto por água", diz José Geraldo Alves, do centro de geociências da Universidade Federal do Pará.
B. Jericoacoara - Adeus às dunas
As ondas arrastariam estruturas sem raízes fixas, como bancos de areia. Uma energia tão grande quanto a de um tsunami faria em minutos o trabalho de anos do vento e é bem possível que as dunas fossem varridas do mapa.
C. Fernando de Noronha - Matança animal
A vida marinha no arquipélago, atingido em cheio, seria muito afetada. O impacto da água poderia destruir os corais e, com isso, modificar todo o ecossistema. Dezenas de espécies de animais poderiam morrer. Entre eles, muitos golfinhos, símbolos do local
Sem Disney World
O Brasil não será a única vítima das ondas gigantes nas Américas. O tsunami também pode levar à destruição das ilhas caribenhas e de alguns estados americanos, como a Geórgia e a Flórida, que serão atingidos nove horas após o início do tsunami.
Destruição nacional
As ondas que atingiriam o Norte e o Nordeste teriam 20 metros de altura e 6 quilômetros de comprimento. "Elas levarão tudo o que estiver perto da costa. Em locais onde a topografia é baixa, podem alcançar até 10 quilômetros território adentro", diz Steven Ward.
Texto original de
Cláudia de Castro Lima
1. Pontapé inicial
Uma erupção do vulcão Cumbre Vieja, na ilha La Palma, jogaria no mar um pedaço de terra com 500 km3. A queda provocaria a formação de ondas gigantes.
2. Comprida para danar
O intervalo entre uma onda e outra seria de apenas 10 minutos. Logo que começassem a se formar, cada uma delas teria 120 quilômetros de comprimento.
3. Primeiro alvo
Em apenas 1 hora, as ondas chegariam a uma velocidade de 720 km/h e atingiriam a costa do Marrocos com elevações de 100 metros.
4. Reta final
Enquanto viajam pelo mar, as ondas perdem velocidade e ficam menores em comprimento. Já a altura cresce à medida que elas se aproximam da costa.
A. Belém - Embaixo d’água
As ondas seriam fatais para cidades baixas, como a capital do Pará. "A parte mais alta de Belém tem só 30 metros de altura. O famoso Mercado Ver-O-Peso, por exemplo, ficaria encoberto por água", diz José Geraldo Alves, do centro de geociências da Universidade Federal do Pará.
B. Jericoacoara - Adeus às dunas
As ondas arrastariam estruturas sem raízes fixas, como bancos de areia. Uma energia tão grande quanto a de um tsunami faria em minutos o trabalho de anos do vento e é bem possível que as dunas fossem varridas do mapa.
C. Fernando de Noronha - Matança animal
A vida marinha no arquipélago, atingido em cheio, seria muito afetada. O impacto da água poderia destruir os corais e, com isso, modificar todo o ecossistema. Dezenas de espécies de animais poderiam morrer. Entre eles, muitos golfinhos, símbolos do local
Sem Disney World
O Brasil não será a única vítima das ondas gigantes nas Américas. O tsunami também pode levar à destruição das ilhas caribenhas e de alguns estados americanos, como a Geórgia e a Flórida, que serão atingidos nove horas após o início do tsunami.
Destruição nacional
As ondas que atingiriam o Norte e o Nordeste teriam 20 metros de altura e 6 quilômetros de comprimento. "Elas levarão tudo o que estiver perto da costa. Em locais onde a topografia é baixa, podem alcançar até 10 quilômetros território adentro", diz Steven Ward.
Texto original de
Cláudia de Castro Lima
disponível em: http://super.abril.com.br/superarquivo/2005/conteudo_370524.shtml
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