26 dezembro, 2008

Agricultura - da Revolução Agrícola à Revolução Verde

AGRICULTURA

A agricultura é uma das atividades básicas da humanidade e provavelmente foi responsável pela primeira grande transformação no espaço geográfico. Surgiu há cerca de 12 mil anos, no período Neolítico, quando as comunidades primitivas passaram de um modo de vida nômade, baseado na caça e na coleta de alimentos, para um modo de vida sedentário, viabilizado pelo cultivo de plantas e pela domesticação de animais.

Inicialmente foi praticada às margens de grandes rios, como o Tigre e o Eufrates (antiga Mesopotâmia, atual Iraque), o Nilo (no Egito), o Yang-tse-Kiang (na China), o Ganges e o Indo (Na Índia). Foi justamente nessas áreas que se desenvolveram as primeiras grandes civilizações.

Com a evolução da agricultura começou a haver excedente de produção, o que possibilitou o desenvolvimento do comércio, inicialmente baseado na troca de produtos. Nos locais onde ocorriam as trocas, surgiram várias cidades.


DA REVOLUÇÃO AGRÍCOLA À REVOLUÇÃO VERDE

Graças à Revolução Industrial, evoluíram as técnicas agrícolas, o que possibilitou aumento da produção sem a necessidade de ampliar a área de cultivo, com base apenas no aumento da produtividade. Esse desenvolvimento tecnológico aplicado à agricultura ficou conhecido como Revolução Agrícola.

Esse aumento da produtividade foi necessário em decorrência do aumento da população em geral, da elevação percentual da população urbana (cujas atividades de subsistência eram limitadas a alguns gêneros apenas) e da diminuição proporcional da população rural, responsável pela produção agrícola. As bases técnicas da Revolução agrícola foram propiciadas pelas indústrias consumidoras de matérias-primas ou fornecedoras de insumos para a agricultura (ex: máquinas e fertilizantes).

A colonização em suas várias fases também contribuiu para a expansão agrícola, como no caso das terras conquistadas pelos europeus nas Américas no século XVI, quanto nas terras africanas e asiáticas, no século XIX, quando implantaram um sistema de produção agrícola para o abastecimento do mercado europeu (com gêneros alimentícios e matérias-primas). Esse sistema ficou conhecido como plantation e era baseado na produção monocultora de gêneros tropicais para fins de exportação, praticada em grandes propriedades (latifúndios), com mão-de-obra barata (ou escrava).

Após a Segunda Guerra Mundial, com o processo de descolonização em marcha, os países desenvolvidos criaram uma estratégia de elevação da produção agrícola mundial: a Revolução Verde. Concebida nos Estados Unidos, objetivava combater a fome e a miséria nos países subdesenvolvidos, por meio de introdução de um “pacote tecnológico”, contendo: novas técnicas de cultivo; equipamentos para mecanização; fertilizantes; defensivos agrícolas e sementes selecionadas.

No entanto, essas sementes selecionadas, produzidas no laboratório dos países desenvolvidos, não eram geneticamente capazes de enfrentar as condições climáticas típicas da região dos trópicos (clima muito quente), algumas doenças e certas espécies de insetos. A solução consistia na utilização de adubos, defensivos e fertilizantes, também importados dos países que haviam subvencionado essas novas formas de cultivo, aumentando a dependência dos países subdesenvolvidos em relação aos países desenvolvidos.

Nos países subdesenvolvidos, a Revolução Verde aumentou a distância entre os grandes agricultores, que tiveram acesso ao “pacote tecnológico”, e os pequenos agricultores, que não tiveram condições de competir com os novos parâmetros de produtividade. O aumento da produção abaixou o preço dos produtos agrícolas a valores inviáveis para os pequenos agricultores.

Essas novas circunstâncias de mercado criadas pela Revolução Verde contribuíram para o abandono e/ou a venda de pequenas propriedades, que foram sendo incorporadas pelos grandes latifúndios. Nesse sentido, apesar de a Revolução Verde ter contribuído para um aumento significativo da produção de alimentos no planeta, acentuaram-se ainda mais os problemas da concentração de propriedade agrícola em vários países do mundo, como Índia, Paquistão, Indonésia e Brasil.

FONTE: LUCCI, Elian Alabi. BRANCO, Anselmo Lázaro. MENDONÇA, Cláudio. Geografia Geral e do Brasil- ensino médio. 1º edição- São Paulo: Saraiva, 2003.

5 comentários:

Anônimo disse...

oyhi pexoal xto a prokura da relaxao exixtente entre a revoluçao verde e a agricultura.

Fabiano disse...

Revolução neolítica (ou Revolução Agrícola) é a demonstração criada pelo arqueólogo australiano Gordon Childe para caracterizar o movimento dado na Pré-História, que marcou a transição do nomadismo para a sedentarização do Homo Sapiens.

Unknown disse...

bla bla bla !!! tendi poha nenhuma q vc falou ! uahuauhauhauhaauha

Rafael disse...

Muito bom.

Unknown disse...

Ele quis dizer **oi pessoal estou à procura da relação existente entre a revolução verde e a agricultura**🤙🏻👍🏻