Morre Nelson Mandela, ícone da luta pela igualdade racial
Presidente da África do Sul entre 1994 e 1999, ele tinha 95 anos.
Ele liderou transição que encerrou a política do apartheid em seu país.
O ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela morreu aos 95 anos em Pretória, nesta quinta-feira (5), anunciou o atual presidente do país, Jacob Zuma.
Mandela ficou internado de junho a setembro devido a uma infecção pulmonar. Ele deixou o hospital e estava em casa. Morreu às 20h50, no horário local de Pretória – 16h50 do horário brasileiro de verão.
"Ele partiu, se foi pacificamente na companhia de sua família”, afirmou o presidente Zuma. “Ele descansou, agora está em paz. Nossa nação perdeu seu maior filho. Nosso povo perdeu seu pai.” O funeral de Mandela deve durar 12 dias.
O corpo será enterrado, de acordo com seus desejos, na aldeia de Qunu, localizada na província pobre do Cabo Leste, onde Mandela cresceu. Os restos mortais de três de seus filhos foram sepultados no mesmo lugar, em julho, após ordem judicial.
Conhecido como "Madiba" na África do Sul, Mandela foi considerado um dos maiores heróis da luta dos negros pela igualdade de direitos no país e foi um dos principais responsáveis pelo fim do regime racista do apartheid, vigente entre 1948 e 1993.
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Velório de Mandela será entre 10 e 13 de dezembro e enterro no dia 15, diz Zuma
Do UOL, em São Paulo 06/12/201311h31 > Atualizada 06/12/201314h39
O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, disse em pronunciamento nesta sexta-feira (6), que o velório do ex-presidente Nelson Mandela vai acontecer no dia 10 no Estádio Nacional de Johannesburgo, capital do país, e o enterro será no dia 15 na aldeia de Qunu, onde o líder passou sua infância.
Entre os dias 11 e 13 de dezembro, o corpo de Mandela ficará exposto em Union Buildings, em Pretória, residência oficial e sede do gabinete da Presidência do país, local onde ele tomou posse após vencer as primeiras eleições democráticas depois do fim do apartheid. Cerimônias em memória do ex-presidente acontecerão em todo o país no período.
O dia 8 de dezembro foi declarado como o Dia Nacional de Oração e Reflexão.
Segundo Zuma, a demonstração de amor a Mandela tem sido "sem precedentes". "Isso demonstra o calibre do líder que Madiba era", disse.
"Mandela nos ensinou que era possível superar a raiva e reconstruir um país", afirmou durante o pronunciamento.
Zuma pediu ainda que todas as religiões se organizem em orações por Mandela.
"Todos nós devemos trabalhar em conjunto para organizar o funeral mais condizente a este filho excepcional de nosso país e pai de nossa nação. Apelamos a todos para ajudar nas igrejas, mesquitas, templos e sinagogas para fazerem orações refletindo sobre a vida de Madiba e sua contribuição para o nosso país e para o nosso mundo", disse.
No fim de seu discurso, o presidente da África do Sul disse: "O amor vive Madiba".
Homens políticos, artistas e líderes espirituais vindos do mundo inteiro são esperados para o funeral no vencedor do Nobel da Paz. Chefes de Estado, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mas também personalidades com a apresentadora americana Oprah Winfrey, a ex-primeira-dama e secretária de Estado americano Hillary Clinton, o ex-capitão da Seleção sul-africana de rúgbi -- campeão da Copa do Mundo de 1995-- Francois Pienaar, etc. A presidente Dilma Rousseff também informou que irá.
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