25 fevereiro, 2014

Teorias sobre o crescimento populacional

Para a aula sobre população - 2º ano

Teorias sobre o crescimento populacional


O crescimento populacional de uma determinada área ou local está relacionado a dois fatores fundamentais: ao crescimento vegetativo, que corresponde à diferença entre o número de nascidos e o número de óbitos registrados; e à taxa de imigração, que corresponde à diferença entre a entrada e a saída de pessoas da área estudada. Assim, com base nestes dois índices, o crescimento populacional de uma determinada área poderá ser positivo ou negativo.

O mundo, em 2003, contava com cerca de 6,3 bilhões de habitantes e, cabe ressaltar que de 1970 a 2003, o crescimento populacional decresceu de 2,1% para 1,2% ao ano. Essa diminuição tem como justificativa o novo papel desempenhado pela mulher na sociedade, como a sua entrada no mercado de trabalho e a possibilidade de prevenir a gravidez através do uso de métodos anticoncepcionais.

Ao abordarmos o tema crescimento populacional, à primeira vista, pode parecer que esta é uma preocupação recente, porém, pesquisas indicam que desde a antiguidade estudos foram empreendidos para compreender a dinâmica populacional de determinadas áreas. No entanto, foi somente a partir do século XVIII, com o amadurecimento do capitalismo, que o crescimento populacional passou a ser visto como algo positivo. Isso porque, quanto maior o número de pessoas no planeta, maior o número de consumidores. Foi neste período que a primeira Teoria Geral sobre o crescimento populacional foi publicada, de autoria do economista inglês Thomas Robert Malthus (1766-1834).
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Teoria de Malthus 

 No ano de 1798, Malthus publicou o Ensaio sobre a População e nele apresentou sua teoria demográfica, baseada em dois argumentos principais: 

a) As guerras, epidemias e desastres naturais atuariam como controladores do crescimento populacional. Se caso eles não existissem, a população tenderia a duplicar a cada 25 anos. Seu crescimento obedeceria a uma progressão geométrica (2, 4, 8, 16, 32, 64...) ininterruptamente. 

b) Já a produção de alimentos cresceria em progressão aritmética (2, 4, 6, 8, 10...) e sua produção seria limitada em função dos limites territoriais dos continentes. Desse modo, segundo esta teoria, a população cresceria mais rapidamente que a oferta de alimentos. 

Além disso, Malthus acreditava que as áreas cultivadas se esgotariam, pois toda a área cultivável estariam ocupadas por atividades agrícolas, no entanto, a população mundial continuaria a crescer. A consequência seria a falta de alimentos para abastecer às demandas do planeta. Por esta razão, em sua teoria, Malthus argumentou que a única maneira de remediar a iminente fome mundial seria as famílias apenas terem filhos somente se tivessem terras cultiváveis para poder alimentá-los. 

Vale dizer que Malthus além de economista, era também pastor da Igreja Anglicana, que era contrária aos métodos anticoncepcionais. Percebemos que essa teoria não se concretizou, pois Malthus não conseguiu prever os avanços tecnológicos em relação à produtividade agrícola, no entanto, na época de sua formulação, ela parecia bastante consistente. Além daquela, outra razão para o insucesso de sua teoria foi o fato de Malthus ter observado apenas o comportamento populacional de uma determinada região, predominantemente rural, considerando-as válidas para todo o planeta. 

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 Teoria Neomalthusiana

 Após a 2a. Guerra Mundial, foi realizada a Conferência da Paz, que deu origem à Organização das Nações Unidas (ONU). A preocupação dos países envolvidos era de encontrar soluções para os impasses, a fim de se evitar outro conflito de proporções mundiais. Neste período foi formulada, pelos países desenvolvidos, a Teoria Neomalthusiana, cujo objetivo era tentar explicar o atraso dos países desenvolvidos e também a fome mundial. Segundo ela, quanto maior o número de habitantes de um país, menor a renda per capita e a disponibilidade de capital a ser investido em setores agrícolas e industriais. Assim, os países subdesenvolvidos, cujas taxas de natalidade eram elevadas, acabavam tendo grandes gastos com a população jovem e adulta, inviabilizando a canalização de gastos em outros setores. 

Embora formulada quase dois séculos após a Teoria malthusiana, a Neomalthusiana chegava a mesma conclusão, pois relacionava a expansão da miséria mundial ao crescimento populacional. Com base nesta teoria, programas de controle da natalidade foram difundidos. Portanto, trata-se de uma teoria que justifica a pobreza dos países subdesenvolvidos com base em uma argumentação demográfica, deixando de mencionar as péssimas condições de vida destes países e o problema da má distribuição de renda neles.

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Teoria Reformista

 A Teoria Reformista foi criada pelos países subdesenvolvidos como resposta à Teoria Neomalthusiana, e chega a uma conclusão contrária às duas últimas mencionadas. Segundo a Teoria Reformista, o crescimento populacional só se tornará um empecilho se não houver investimentos sociais, principalmente em educação e saúde. Os defensores desta teoria citam como exemplo algumas famílias brasileiras, que depois de recebido investimento, ou seja, assistência médica, escolas, acesso à informação, passaram a ter menos filhos e obter uma melhor qualidade de vida. Dessa maneira, comprovaram que o crescimento populacional deve vir acompanhado de investimentos sociais e não apenas de programas de controle da natalidade, sendo, por isso, considerada a Teoria Demográfica mais realista. 

FONTE: http://educacao.globo.com/artigo/teorias-sobre-o-crescimento-populacional.html

19 fevereiro, 2014

Mapa América do Sul

Mapa América do Sul para atividade 1º anos.

Mapa do Brasil

Para o pessoal dos 1º anos D e E realizarem o trabalho solicitado em sala.

18 fevereiro, 2014

DEMOGRAFIA



CONCEITOS BÁSICOS – DEMOGRAFIA

POPULAÇÃO: Conjunto de habitantes de uma dada área. Pode ser definido desde o aspecto local ao aspecto global. O campo da geografia que estuda a população é a demografia, que tem como significado o estudo da descrição do povo.

A) População absoluta: corresponde a população total de um determinado local.
Observação: Quando um local tem uma população absoluta numerosa, dizemos que ele é populoso. 

B) População relativa ou Densidade demográfica: É o número (a média) de habitantes por km2. Para obtê-la basta dividir a população absoluta pela área da região analisada (país, cidade etc.).

Exemplo: O Japão possui uma área de 372.812 Km2 e uma população de 127,9 milhões de habitantes.

D= nº de habitantes
              área
D= 127,9 milhões de habitantes
                 372.812 km2

D=341 habitantes por cada quilômetro quadrado.

Países com elevado número de população absoluta são considerados populosos, no entanto, se analisarmos o número de habitantes por quilômetro quadrado e se esse resultar em números baixos, o país é denominado de restritamente ou intensamente povoado.
Outro fator analisado no estudo da população é quanto às taxas de natalidade ou percentual de nascimentos.

- A Taxa de natalidade é calculada através da divisão entre o número de nascidos vivos (em 1 ano) pelo número da população absoluta ou total multiplicado por uma constante, nesse caso, 1.000.

Taxa de natalidade = número de nascidos vivos  x 1.000 = %
           população absoluta

Exemplo:  500 nascidos      =  0,1 x 1.000 = 10%
50.000 habitantes

Taxa de natalidade de 10% ou para cada grupo de 1.000 habitantes, nasceram 10 crianças.
        
- Taxa de mortalidade é resultado da divisão entre o número de óbitos (em 1 ano) e a população absoluta multiplicado por uma constante, nesse caso, 1.000.

Taxa de mortalidade = número de óbitos   x 1.000 = %
                 população absoluta

Exemplo:  500 óbitos      =  0,1 x 1.000 = 10%
          50.000 habitantes

Taxa de mortalidade de 10% ou para cada grupo de 1.000 habitantes aconteceram 10 óbitos.

- Taxa de fecundidade corresponde às estimativas em relação ao número de filhos que uma mulher pode ter ao longo do período de fertilidade, entre as idades de 15 e 49 anos. Esse processo é interessante para saber a quantidade de filhos ou média do mesmo para cada mulher.

- Crescimento populacional representa o crescimento vegetativo que é calculado a partir da subtração entre o número de nascidos em um ano pelo número de óbitos no mesmo período. Desse modo, se uma cidade possui 1.000 habitantes e em um ano houver 30 nascimentos e 13 falecimentos, o cálculo é feito da seguinte forma:


Crescimento vegetativo = 30 nascidos
                                     13 mortos

Crescimento vegetativo= 17
A partir desse resultado fica claro que houve crescimento, pois esse foi positivo.

O crescimento populacional não se baseia somente no número de nascimentos e de falecimentos, é preciso levar em consideração a taxa de migração, pois há um grande fluxo migratório (pessoas saem do país enquanto outras entram), essa variação corresponde à taxa citada a cima, ou seja, a diferença entre imigrantes e emigrantes.

EXPECTATIVA DE VIDA → Consiste no índice que expressa a quantidade de anos que vive, em média, a população.
Este é um índice muito utilizado para análise do nível de desenvolvimento dos países.

ESTRUTURA DA POPULAÇÃO: Trata da composição da população em relação a fatores como etnia (estrutura étnica), idade e sexo (estrutura etária) e ocupação profissional (população ativa e inativa).


ESTRUTURA ETÁRIA: A composição da população, em termos de idade e sexo, é representada através de gráficos sob a forma de pirâmides etárias.
Os principais elementos de uma pirâmide etária são:
- Base (parte inferior, representando a população jovem);
- Corpo (parte intermediária/representando a população adulta);
- Cume ou ápice (parte superior/ representando a população idosa);

- Ordenada (grupos ou faixas de idade);
- Abcissa (quantidade de pessoas em valor absoluto ou porcentagem).
Considera-se para efeito de faixas etárias, os seguintes segmentos:
. 0 a 19 anos: população jovem;
. 20 a 59 anos: população adulta;
. acima de 60 anos: população idosa.

Daí a origem da expressão “terceira idade” voltada para a população idosa.

ESTRUTURA POR OCUPAÇÃO PROFISSIONAL: O levantamento da estrutura da população, neste aspecto, classifica o indivíduo em dois grupos, levando em consideração a sua situação em termos de ocupação profissional e, também, de idade (no que se refere aos menores de idade).

Vale ressaltar aqui que o termo ocupação subentende-se em atividade no mercado de trabalho formal (com carteira assinada e todos os direitos trabalhistas assegurados) como o informal (sem registro e direitos trabalhistas).
Sendo assim, a população pode ser classificada em:

. População Economicamente Ativa (PEA): é considerada deste grupo, toda e qualquer pessoa que esteja empregada ou à procura de emprego.

A idade base considerada para o cálculo da PEA, nos países desenvolvidos, é a de 15 anos. No caso do Brasil, a idade é de 16 anos, tendo em vista que a Constituição Brasileira estabelece esta faixa etária como idade mínima para o ingresso no mercado de trabalho.

. População Economicamente Inativa (PEI):faz parte deste grupo, os indivíduos que não estão empregados, como os aposentados, as donas de casa que não exercem atividade econômica remunerada, as crianças e adolescentes que ainda não atingiram a idade mínima para ingressar no mercado e os estudantes.

É importante frisar a importância direta e indiretamente da População Economicamente Ativa sobre a População Economicamente Inativa, pois a mesma é que contribui e assegura condições para a viabilização de investimento sociais, tanto na área de educação, saúde e segurança pública, bem como à aposentadoria.


FONTES: